Tabagismo responde por até 70% dos casos de câncer de bexiga, afirma médico da Unifesp
Parar de fumar, beber água e ter alimentação saudável são algumas das recomendações do oncologista Ramon de Mello
Entre 50% a 70% dos registros de câncer de bexiga estão diretamente relacionados com o tabagismo. “Fumar aumenta consideravelmente os riscos para todos os tipos de tumores cancerígenos. Neste caso, as substâncias do cigarro agridem as paredes que revestem o interior da bexiga, ampliando a possibilidade da doença”, explica o oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp, da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
O médico explica que, entre os sintomas, o paciente pode apresentar dor ao urinar ou vontade frequente, além de sentir vontade, mas não conseguir urinar. “Assim como outros tumores cancerígenos, o diagnóstico precoce é fundamental para alcançarmos resultados positivos no tratamento”, ressalta Ramon de Mello.
A maioria dos casos de câncer da bexiga é diagnosticada em homens brancos, acima de 55 anos. “O especialista vai poder definir a melhor estratégia de tratamento, de acordo com o grau de evolução do tumor”, explica o pesquisador da Unifesp.
Para evitar esse tumor, a melhor medida é parar de fumar. “Manter uma dieta saudável, rica em frutas e vegetais, e a ingestão frequente de água durante o dia também são recomendações para evitar a doença. Além disso, a prática regular de exercícios físicos”, complementa o oncologista.
Sobre Ramon Andrade de Mello
Oncologista clínico e professor adjunto de Oncologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).
O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é Coordenador Nacional de Oncologia Clínica da Sociedade Brasileira de Cancerologia, membro da Royal Society of Medicine, London, UK, do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology – ASCO).