Presidente do MDB em Aparecida de Goiânia é assessor especial do prefeito Gustavo Mendanha
Intervenção no diretório vai afastar influência do prefeito na legenda
Da edição impressa
O diretório estadual do MDB, presidido por Daniel Vilela, prepara-se para intervir no diretório municipal de Aparecida e assim afastar a influência do prefeito Gustavo Mendanha, que se desfiliou da legenda com críticas ácidas ao seu comando.
Presidente municipal desde o falecimento do ex-deputado Léo Mendanha, pai do prefeito, o ex-vereador Tarcísio Francisco dos Santos já ouviu notícias sobre a intervenção que o destituiria do cargo e entregaria a sigla, em Aparecida, a uma comissão provisória nomeada por Daniel Vilela, composta por um presidente e quatro integrantes.
Ele, no entanto, diz que não foi procurado nem por Mendanha nem por Daniel para tratar dos rumos do MDB no município. Tarcísio atua também como assessor especial da prefeitura, cargo que dá direito a um salário superior a R$ 8 mil mensais e não tem funções específicas, o que, naturalmente, impede que ele tenha uma linha de ação independente em relação ao prefeito.
Na vida partidária, a intervenção em um diretório é considerada normal quando há divergências em relação às instâncias superiores. Com o MDB estadual alinhado com o governador Ronaldo Caiado, não tem sentido que uma seção importante como a do segundo maior colégio eleitoral de Goiás continue nas mãos de um adversário, posição que Mendanha escolheu a partir do momento em que não aceitou a decisão majoritária das bases emedebistas de apoiar a reeleição de Caiado e indicar Daniel Vilela para a vaga de vice na chapa do governador em 2022.
Assim, para garantir o alinhamento do diretório de Aparecida com o diretório estadual, a intervenção pode ser considerada como favas contadas e acontecer a qualquer momento. Não se sabe ainda quem poderá assumir no lugar do atual presidente, porém é óbvio que será alguém 100% afinado com a orientação de Daniel Vilela e a aliança com Caiado.
