O Partido Progressistas não consegue vislumbrar o futuro de unidade em relação às eleições majoritárias e proporcionais do ano que vem, diante da falta de identidade e mesmo posicionamentos firmes sobre alianças eleitorais. A legenda é presidida pelo empresário Alexandre Baldy, ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades do governo Michel Temer.
Uma hora, o Progressistas avança nas negociações com o Palácio das Esmeraldas para retornar àadministração estadual, com o compromisso de apoiar a reeleição do governador Ronaldo Caiado, outra hora sinaliza entendimentos com a oposição, principalmente com o pré-candidato Gustavo Mendanha, ex-MDB, e que pretende reunir parte do espectro centro-liberal em apoio ao seu projeto de concorrer ao governo de Goiás.
Para tornar mais nebulosa a situação do PP, há ainda a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro ingressar no partido, o que complicaria a situação até mesmo de Alexandre Baldy no comando da legenda, já que os bolsonaristas, certamente, irão reivindicar do presidente nacional Ciro Nogueira (ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República) a direção estadual.
Há divisão inclusive na pequena representação goiana do partido na Câmara dos Deputados: de um lado, o deputado Adriano do Baldy quer aliança com o União Brasil (DEM e PSL) em apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado; de outro, o deputado Professor Alcides está alinhado ao projeto oposicionista de Gustavo Mendanha.
É aguardada para os próximos dias a posse de Joel Sant’Anna Braga Filho, irmão de Alexandre Baldy, no cargo de secretário estadual de Indústria e Comércio, com a anunciada saída do empresário José Vitti. Assim, o Progressistas promete retornar à base do governo Caiado, depois de ser afastado da administração em janeiro, após críticas de Alexandre Baldy ao governador Ronaldo Caiado por ocasião da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados. À época, Adriano Baldy, irmão do presidente do Progressistas goiano, foi exonerado da secretaria estadual de Cultura.