Teste genético ajuda na prevenção do câncer de próstata, orienta médico da Unifesp
O oncologista Ramon Andrade de Mello
O mês de novembro é dedicado à prevenção do Câncer de Próstata por meio da campanha Novembro Azul. Os estudos do Inca (Instituto Nacional de Câncer) mostram que esse é o segundo tumor cancerígeno mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. No mundo, aproximadamente 75% dos casos são diagnosticados em homens com idade a partir de 75 anos.
Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp, da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal), afirma que testes genéticos já conseguem identificar, com antecedência, a agressividade do tumor para homens com alto risco para a doença: “O diagnóstico precoce é essencial para o resultado positivo do tratamento. Com o teste, podemos evitar cirurgias e adotar procedimentos paralelos para tratar a doença”.
O pesquisador da Unifesp esclarece que a incidência de mortalidade por câncer de próstata aumenta após os 50 anos de idade e a hereditariedade é um dos principais fatores considerados pelos especialistas.
“Precisamos eliminar o estigma ainda existente para o exame de toque retal. O diagnóstico precoce com exames clínicos, laboratoriais e radiológicos são fundamentais tanto para os homens que apresentem sintomas sugestivos da doença como aqueles ainda sem sinais”, orienta Ramon de Mello.