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Além dos 13 partidos já na sua base, Caiado pode ter mais 10 para 2022

Helton Lenine

O governador Ronaldo Caiado caminha para formatar uma ampla e inédita coligação de partidos para a campanha à reeleição ao Palácio das Esmeraldas no pleito do ano que vem. Além dos 13 partidos que o apoiaram desde 2018 – Democratas, DC, Podemos, PMN, PMB, PPL, PRP, PRTB, PSC, PSL, PTC, PROS e PDT -, Caiado articula o apoio de mais 10 legendas: MDB, Republicanos, PSD, Cidadania, Solidariedade, PL, PSB, PTB, Avante e PV.

Será uma façanha e tanto, sinalizando ainda mais dificuldades para a oposição, pulverizada e enfraquecida, em razão das eleições de 2018 e 2020. Para articular a ampliação da sua coligação de partidos, o governador investe também no diálogo administrativo com os prefeitos – Caiado já tem assegurado o respaldo de 160 chefes de executivos municipais e pode aumentar ainda mais esse número, de olho na construção de uma sólida aliança partidária visando às próximas eleições.

A abertura de diálogo com o MDB, hoje presidido pelo ex-deputado federal Daniel Vilela – facilita também as conversações com o Republicanos do prefeito Rogério Cruz e com o PSD de Vanderlan Cardoso e Vilmar Rocha.

Como ocorre sempre na política, outras legendas debandarão por osmose para o lado do governador, como efeito dominó. Daniel Vilela, que ainda não voltou à plena atividade política desde a morte do pai, ex-governador Maguito Vilela, transferiu para janeiro vindouro as conversações sobre alianças eleitorais para 2022, sem descartar a hipótese de se sentar à mesa com Caiado.

O PSD de Vilmar Rocha sofreu um choque e perdeu o seu ânimo oposicionista com a chegada do senador Vanderlan Cardoso, ano passado, e com a do ex-ministro Henrique Meirelles, neste ano, ambos defensores intransigentes de uma aliança com o DEM. Vilmar Rocha, de forma sensata, também transferiu para a partir de janeiro o debate sobre alianças e coligações partidárias.

Com dificuldades para montar chapa, posição está “esfarelada”

A fragilidade do PSDB, comandado pelos ex-governadores José Eliton e Marconi Perillo, também contribui para “esfarelar” qualquer projeto de oposição ao Palácio das Esmeraldas com vistas à eleição de 2022: os partidos fogem do PSDB como o “diabo foge da cruz”. Um exemplo disso é o Patriota, dirigido pelo publicitário e ex-secretário estadual da Fazenda, Jorcelino Braga, que se considera “inimigo político” de Marconi e não admite sequer cogitar a possibilidade de um acordo com os tucanos para lançar uma candidatura comum ao governo na próxima eleição.

O Solidariedade, comandado pelo ex-deputado federal Armando Vergílio e por seu filho, o deputado federal Lucas Vergílio, resolveu antecipar o apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado. O partido, inclusive, passou a ocupar vaga no secretariado estadual: Henderson Rodrigues é o secretário de Esporte. 

O PTB é outra legenda que já anunciou apoio à reeleição de Caiado em 2022, ao sair das mãos do ex-deputado federal Jovair Arantes. Inicialmente, o ex-prefeito de Jaraguá, Lineu Olímpio ocupou a presidência, que agora está com o caiadista Eduardo Macedo.

O PV, dirigido por Cristiano Cunha, também está alinhado ao projeto de reeleição de Caiado. “Caiado é sério, honesto, faz um bom governo. A população goiana aprova a sua gestão”, justificou ele. O Cidadania, agora presidido pelo vice-governador Lincoln Tejota, é outra legenda que agora está incorporada ao projeto de Caiado para 2022.

O PSB, hoje presidido pelo deputado federal Elias Vaz, vai definir o seu futuro sobre alianças em 2022, mas se depender do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, estará no palanque da reeleição do atual governador.

O PL, comandado pela deputada federal Magda Mofatto e pelo marido, Flávio Canedo, também deverá abrir conversações com o Palácio das Esmeraldas para aliança eleitoral com o Democratas de Ronaldo Caiado. (HL)

Foto: Divulgação / Governo de Goiás

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