Saúde

Novembro Azul é tema de bate-papo com trabalhadores da construção civil durante esta semana

Palestras fazem parte do cronograma da Sipatma do Grupo Toctao, realizada entre os dias 3 e 5 de novembro, em Goiânia. Mais de 400 profissionais devem participar da ação de conscientização

Anualmente, o mês de novembro se transforma em um período de conscientização em relação à saúde do homem, pois muitos deixam a saúde em segundo plano e, posteriormente, descobrem doenças em estágio avançado, como o câncer de próstata. Em diversos casos, o preconceito e a desinformação são os principais elementos que colaboram para essa negligência em relação à saúde masculina.

No Brasil, este tipo de câncer é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), apontam que surgirão cerca de 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano, entre 2020 e 2022, e é a causa da morte de 28,6% da população masculina que desenvolvem neoplasias malígnas no país.

Atentos à necessidade de redução destes números, um dos setores que concentra grande maioria de profissionais do sexto masculino, a construção civil, se movimenta para promover a conscientização sobre a importância de se buscar prevenir o câncer de próstata. Uma das empresas que vai direcionar tempo para falar com os funcionários a respeito e tirar dúvidas sobre o Novembro Azul é o Grupo Toctao.  Nesta semana, entre os dias 3 e 5 de novembro (quarta a sexta-feira), a empresa promove sua Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho e Meio Ambiente (Sipatma), em três canteiros de obras e na sede administrativa da empresa em Goiânia. Cada obra tem cerca de 150 trabalhadores, a maioria absoluta de homens, que serão incentivados a estarem mais atentos aos cuidados com a saúde.

Neste ano, na 18ª edição da Sipatma, a Toctao fez uma parceria com o Serviço Social da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Seconci-GO), que direcionou a enfermeira do trabalho e palestrante, Nara Borges Ferreira, para conduzir o bate-papo com os colaboradores. Segundo ela, as palestras têm como objetivo informar e desestigmatizar com os trabalhadores os fatores de risco para a doença, sintomas, prevenção e tratamento.

“A sociedade brasileira já caminhou muito com a conscientização, mas ainda precisamos avançar com a quebra de tabus. Com a informação e o conhecimento, podemos contribuir para que a população masculina, que é maioria nas obras, vença as suas resistências e busque apoio médico”, afirma.

De acordo com o INCA, em sua fase inicial, o câncer de próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes ao do crescimento benigno do órgão, como dificuldade de urinar ou a necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, sangue na urina e diminuição do jato de urina. Tais sintomas são comuns e, na maioria das vezes, não são causados pelo câncer, por isso é tão importante que os homens visitem o médico regularmente e investiguem as causas.

Ainda de acordo com o instituto, com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, as chances de cura da doença são de 90%. Contudo, de acordo com Borges, o que chama a atenção é o preconceito que envolve a doença, já que para o diagnóstico, um dos principais exames realizados é por meio do toque retal, quando há sinais e sintomas sugestivos, o que inibe muitos pacientes. Por isso ela usa do bom-humor e criatividade para atrair a atenção e despertar interesse deles em se cuidar.

“Eu sempre apresento a doença, falo dos exames, da importância de descobrir cedo o câncer de próstata, as estatísticas no Brasil, das idades em que é preciso ficar mais atento e mostro um vídeo também, tento deixá-los à vontade e falo do preconceito em torno do exame do toque e tento desmistificá-lo também”, completa a profissional.

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