Aparecida
Tendência

Prefeitura de Aparecida define previsão para flexibilizar uso obrigatório de máscara

Secretaria Municipal de Saúde informou que o assunto será debatido quando 70% da população estiver com o esquema vacinal completo

Eduardo Marques

Desde ontem, 3, o governo do Distrito Federal retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos e o assunto se tornou pauta em diferentes municípios e Estados brasileiros. Em Aparecida de Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que quando pelo menos 70% da população estiver completamente imunizada, isto é, com o esquema vacinal completo, o assunto poderá ser debatido pelo Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19, mediante análises técnicas e científicas. A pasta complementa que acompanha o avanço da vacinação para reavaliar o uso obrigatório do equipamento de proteção no município

Baseado nos dados do Painel da Covid-19 do dia 25 de outubro, atualmente, no município, 44,06% da população geral está com o esquema vacinal completo, ou seja, 265.182 aparecidenses receberam as duas doses ou a dose única. De acordo com os dados da SMS, 66,49% das pessoas da cidade tomaram a 1ª dose. Segundo a pasta, até as 17 horas desta terça-feira, 2, Aparecida possuía 372 casos ativos, que estavam hospitalizados ou monitorados pela Telemedicina, oxímetros e exames. De 91.834 casos confirmados, 89.747 estavam recuperados e 1.715 vieram a óbito por Covid-19, com um óbito confirmado nas últimas 24h.

Vale ressaltar que o Diário de Aparecida exibiu em suas edições passadas os inúmeros flagrantes de desrespeito ao uso de máscaras no município. Além disso, o prefeito Gustavo Mendanha (sem partido) insistiu em um modelo que sempre manteve abertas as portas de fatias do comércio e serviços, na contramão das medidas adotadas pelos demais municípios da região metropolitana, facilitando a desobediência aos protocolos sanitários.

Já na Capital, ainda não houve discussão da possibilidade de flexibilizar a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia reforçou que não há previsão de quando o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus (COE) da Prefeitura de Goiânia passará a avaliar o fim da utilização obrigatória do item durante a pandemia da Covid-19.

Cautela

No dia 18 de outubro, o governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que adota uma postura de “muita cautela” sobre desobrigar a população de utilizar a proteção facial durante a pandemia. Na ocasião, Caiado reforçou a necessidade de trabalhar o convencimento das pessoas que ainda não tomaram a vacina a receberem o imunizante.

“Nós não temos pressa para dizer que somos o primeiro, o segundo ou o terceiro lugar [a adotar o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras]. Ninguém está disputando pole position nesse assunto, estamos disputando segurança para a população. No momento que chegarmos a esse nível de segurança, essas medidas serão tomadas”, disse o governador de Goiás em outubro.

No dia seguinte, 19 de outubro, o secretário de Estado da Saúde (SES-GO), Ismael Alexandrino, afirmou que não era a hora de se discutir a flexibilização do uso de máscaras em Goiás. “A falta de consciência e de adesão à vacinação posterga o abandono completo da máscara. […] Se a população estivesse integralmente vacinada teríamos um risco diminuído em relação a não usar a máscara”, observou Alexandrino.

Na contramão de governos estaduais e municipais que já anunciaram ou discutem a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras faciais, dirigentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destacaram a importância de as pessoas continuarem adotando as medidas não-farmacológicas contra a Covid-19.

“Mantemos, em todas as nossas considerações, a importância das medidas não farmacológicas de enfrentamento à pandemia, tais como evitar aglomerações, usar máscaras e a boa higienização das mãos”, disse o diretor-presidente da agência reguladora, Antônio Barra Torres, durante a reunião em que membros da diretoria colegiada aprovaram novas regras para a retomada das viagens em cruzeiros marítimos pela costa do Brasil, desde a última segunda-feira, 1º.

“Esta tríade, em aditamento ao advento da vacinação, tem tornado possível a gradual e responsável retomada das atividades [econômicas], mas temos que manter como nosso norte os alertas dos organismos nacionais e internacionais”, disse Torres, acrescentando que, apesar do avanço da vacinação e da consequente diminuição dos números de mortes e de novos casos da doença, a pandemia ainda não terminou.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo