Aparecida

Se trair Daniel e a memória de Maguito prefeito ficará na história como “judas”

Jovem e inexperiente, além de politicamente imaturo, guiando-se pela sua falta de conhecimento e de visão do processo histórico em Goiás, o prefeito Gustavo Mendanha, se insistir na tese da candidatura própria do MDB a governador, que não tem apoio dentro do partido, estará assumindo o risco de ficar lembrando como uma espécie de “judas” que traiu seu “irmão” Daniel Vilela e a memória de Maguito Vilela – ele deve tudo o que é, principalmente a eleição para a prefeitura de Aparecida, para a família Vilela.

O acordo entre o MDB e o DEM traça um futuro brilhante para Daniel Vilela. Na primeira etapa, ele seria o vice na chapa da reeleição de Caiado, no ano que vem. Em seguida, em 2026, com a provável renúncia do governador para disputar o Senado, assumiria o Palácio das Esmeraldas, candidatando-se na sequência a um mandato completo.

Vencendo, sairia do governo em 2030, quando Caiado novamente poderia se candidatar a governador, com Daniel Vilela postulando o Senado. E daí em diante, com desdobramentos pelo menos até depois de 2040.

Ao se transformar em obstáculo para uma realização desse porte para Daniel Vilela, o prefeito aparecidense joga na lata de lixo os princípios de lealdade que são fundamentais na vida pública e, inclusive, foram lembrados pelo presidente estadual do MDB, logo após a publicação da carta dos 27 prefeitos, quando perguntado sobre qual seria a reação de Mendanha. Disse o filho e herdeiro de Maguito: “Não tenho a menor dúvida, pela história de lealdade, pela história que o levou a chegar à situação que se encontra hoje, como prefeito, de que ele estará também com a maioria do partido.”

Ou seja: Daniel cobrou, de quem o chama de “irmão” e diz ter o dever de retribuir a ajuda que recebeu no passado para ganhar a eleição em Aparecida um comportamento de lealdade, que não pode ser outro senão alinhar-se e apoiar o seu projeto de futuro, que passa pela aliança com Caiado. Mas, virando-se contra, Mendanha escolherá o caminho da trairagem, tornando-se um “traíra”, como retrata a linguagem popular e perdendo para sempre a credibilidade para atuar no processo político.

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