Prefeitura alega que paralisação parcial é greve e pede à Justiça para multar SindSaúde em R$ 50 mil
Se arrastam por dois anos as reivindicações dos trabalhadores da saúde de Aparecida de Goiânia. A falta de avanços resultou em mais uma manifestação com a adesão de cerca de 300 trabalhadores na manhã da última segunda-feira, 24, em frente ao Cais Nova Era, no Jardim Nova Era.
A Prefeitura de Aparecida, por meio da Procuradoria Municipal, entrou com uma liminar contra o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (SindSaúde), alegando que a paralisação parcial configura-se em greve. Na liminar, o juiz Dr. Adegmar José Ferreira determina de imediato o integral retorno às atividades desempenhadas pelos filiados do sindicato, sob pena de pagamento de multa diária, em caso de descumprimento, no importe de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
“O ato não foi greve, e, sim, uma paralisação parcial do atendimento no Cais Nova Era e de outras unidades de saúde, onde os profissionais que estavam na mobilização estavam operando, porém de forma lenta. Olha ao ponto que a prefeitura chegou! Além de não pagar os direitos, entrar com ações judiciais contra os servidores”, desabafou a secretária-geral do SindSaúde, Flaviana Alves.
A categoria se mobilizou com bandeiras e carro de som, protestando contra o congelamento da data-base de 2020 e 2021 e da progressão de carreira e a falta de empenho da gestão de construir um acordo. Outra reivindicação é o pagamento do piso salarial dos Agentes de Saúde (ACS) e de Endemias (ACE), que hoje está em R$ 1.550.
Reuniões
Para ontem, 25, às 16h, estava previsto um encontro entre o SindSaúde, o secretário de Finanças de Aparecida, André Rosa, e o procurador-geral do município, Fábio Camargo. A reunião faz parte das diversas tentativas do SindSaúde de negociar o cumprimento de demandas da categoria, como o pagamento da reposição salarial (data-base) e o cumprimento integral do plano de carreira.
Antes, às 14h30, o sindicato também participou de uma Mesa de Negociação Permanente do SUS para tratar de interesses dos servidores. Já nesta quarta-feira, 26, às 9h, os trabalhadores voltam a se reunir em assembleia no Paço Municipal para avaliar o movimento e possíveis negociações.
