Aparecida

Missão oficial do prefeito em Israel não gerou um centavo em investimentos para Aparecida

Foto distribuída pela Secom municdvgipal, em 2017, mostrando Mendanha com supostos empresários em Israel: quatro anos depois, comprova-se que a viagem não deu qualquer retorno para Aparecida

Em setembro de 2017, logo no início do seu 1º mandato, o prefeito Gustavo Mendanha passou duas semanas em Israel, em “missão oficial” destinada a atrair investimentos para Aparecida. Ao retornar, Mendanha fez barulho: anunciou que a viagem havia sido “muito bem-sucedida” e que, “nos próximos meses, receberei alguns empresários com os quais fizemos contato em Israel” para concretizar negócios em Aparecida.

Esses empresários, segundo o prefeito, viriam em uma “missão comercial”, depois de conhecer “as potencialidades de Aparecida”, que ele, Mendanha, havia mostrado durante a sua estadia em Israel, acompanhado da primeira-dama Mayara Mendanha.

Em linguagem ufanista, Mendanha relacionou investimentos na área de reciclagem de lixo e até a declaração de uma cidade do interior israelense, Berseba, como “cidade irmã” de Aparecida, o que levaria a uma troca de experiências e conhecimentos com reflexos na área de inovação tecnológica.

Conforme releases da Secretaria municipal de Educação, na época, “a viagem demonstrou o prestígio internacional de Mendanha e deverá render excelentes frutos ao município com a concretização de parcerias em diversas áreas do conhecimento e a realização de negócios significativos e também o intercâmbio de projetos de governança inovadores e que façam a diferença”.

Palavras bonitas, mas… quatro anos depois, nada aconteceu. Nem um único empresário israelense esteve em Aparecida, muito menos qualquer um desenvolveu qualquer contato, pediu informações, apresentou um projeto ou iniciou as tratativas para investir no município.

Não veio ninguém. Não houve “troca de experiências e conhecimentos” com Berseba. O prefeito, ao chegar, se declarou “feliz” por “representar nossa cidade e ‘vender’ suas potencialidades junto aos empresários e investidores de Israel”.

Nesse sentido, a viagem de Mendanha a Israel foi um enorme fiasco. Ele se mostrou um mau vendedor, porque nada foi comprado pelos “investidores” do país judeu. Na verdade, a viagem pode não ter passado de um passeio turístico, sem maiores consequências que não o lazer e a diversão do casal Mendanha.

Tanto que um jornal de Goiânia chegou a questionar: “A pergunta que se faz é: o que diabos Israel pode oferecer para uma cidade como Aparecida? Esta viagem cheira a turismo”.

Quatro anos depois, a resposta já foi dada. E a mesma indagação pode ser adaptada para a viagem que Mendanha está fazendo a Barcelona: o que Aparecida tem a ganhar com isso?

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