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PL em Goiás vira foco de crise para filiação de Bolsonaro

Dirigentes estaduais dão “carta branca” para o presidente Valdemar Costa Neto negociar a filiação do presidente; crise em Goiás será por conta da escolha do candidato a governador e a senador

 O presidente Jair Bolsonaro avisou ao presidente nacional do PL que só irá se filiar ao partido se tiver liberdade total para a escolha dos candidatos majoritários (governador e senador) nos Estados. Interessados na formação de ampla bancada no Congresso Nacional (senadores e deputados federais), os dirigentes estaduais do PL, entre eles o de Goiás, Flávio Canedo, deram “carta branca” ao presidente Valdemar Costa Neto para negociar a filiação de Jair Bolsonaro. Mas há problemas.

Bolsonaro quer interferir em diversos Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, além de Goiás. De um lado, o presidente defende a candidatura do deputado federal Major Vitor Hugo ao governo de Goiás e do ministro de Infraestrutura Tarcísio de Freitas a senador; de outro, a deputada federal Magda Mofatto e seu marido, Flávio Canedo, querem integrar a possível coligação que lançaria Gustavo Mendanha (sem partido) à sucessão estadual.

Magda Mofatto não aceita, também, troca no comando do PL no Estado, mas o grupo de Jair Bolsonaro quer que Major Vitor Hugo assuma a presidência, em substituição a Flávio Canedo. A crise do PL goiano será levada a Valdemir Costa Neto, caso se confirme a filiação de Bolsonaro. O PL em Goiás tem apenas a deputada federal Magda Mofatto entre os 17 deputados federais, nenhum senador e não tem representante na Assembleia Legislativa. Os liberais contam com apenas 13 dos 246 prefeitos goianos.

Em entrevistas, Magda Mofatto vetou expressamente a eventual candidatura de Vitor Hugo ao governo de Goiás. Embora “bolsonarista-raiz”, Magda não tem agradado ao Palácio do Planalto ao estabelecer confronto com as posições de Bolsonaro e de seus filhos sobre a política goiana.

O PL da deputada federal faz oposição “light” ao governo de Ronaldo Caiado, mas não se furta a atuar na Câmara dos Deputados em defesa de emendas que assegurem recursos do governo federal a Goiás, conforme adianta Magda Mofatto. Motivo do distanciamento do PL do governo Caiado: em 2019, o partido tentou emplacar, sem sucesso, o presidente da Agência de Turismo do Estado.

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