Aparecida
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Editorial: Santo do pau oco

Instituições nacionais independentes, sem qualquer vinculação política ou partidária, emitiram no último mês estudos e levantamentos altamente desfavoráveis para a gestão do prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha quanto a políticas públicas e evolução econômica e social do município.

Todas as três entidades congregam técnicos qualificados e credibilidade para serem ouvidas pelo grande empresariado brasileiro, além de todos os mais envolvidos na busca de soluções para os desafios que afligem o país, os Estados e os municípios. Assim, estão acima de qualquer dúvida ou questionamento quanto às suas pesquisas.

 São elas o Instituto Rui Barbosa, órgão de assessoramento dos Tribunais de Contas, que revelou a existência de quase 30 mil crianças sem vagas em creches em Aparecida, o CLP – Centro de Liderança Pública, que atestou a queda no município no Ranking de Competitividade dos Municípios e a Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, que elabora o conceituadíssimo IFGF – Índice Firjan de Gestão Fiscal, com baixa avaliação para a gestão de Mendanha, em especial quanto aos investimentos  da prefeitura, em queda desde que Maguito Vilela encerrou o seu mandato e passou o bastão para Mendanha.

Que resposta ou explicação o prefeito deu para essas instituições? Nenhuma. Fingiu-se de morto e não fez nenhum esclarecimento assim como não reagiu, não se propondo a corrigir as áreas do seu governo apontadas como falhas ou insuficientes para atender as expectativas sobre o futuro de Aparecida, em especial da sua economia.

Mendanha continuou no caminho que escolheu: o mundo de fantasia das redes sociais, onde ele administra um município de sonhos, com habitantes que vivem no paraíso. Infelizmente, a dura verdade, atestada pelo Instituto Rui Barbosa, pelo CLP e pela Firjan, é exatamente o contrário. Hoje, Aparecida está muito, mas muito pior do que quando foi entregue por Maguito Vilela ao seu sucessor. Que, de resto, fez uma série de compromissos nas campanhas para o 1º e o 2º mandatos e simplesmente não cumpriu nenhuma, como o Diário de Aparecida já mostrou repetidamente em matérias baseadas nos planos de governo registrados por Mendanha na Justiça Eleitoral – e, portanto, indesmentíveis.

As instituições independentes que avaliaram o que está se passando no 2º centro urbano mais populoso do Estado deram uma contribuição inestimável para a conscientização daqueles que ainda acreditam que tudo vai bem em Aparecida e que temos um “mito” cuidando da administração do município. O ídolo, está provado, é um santo do pau oco. E quem paga o preço são os sofridos moradores dos bairros sem asfalto, os pais das 30 mil crianças sem vagas nas creches e os desempregados que perdem suas oportunidades de trabalho com a marcha a ré da economia – tudo consequência de uma má gestão que, como disse o presidente estadual do MDB Daniel Vilela, “vive apenas de lives e likes”.

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