Mais de 23% dos exames de Covid-19 realizados em Aparecida de Goiânia deram positivo

Eduardo Marques

Aparecida de Goiânia já realizou, até a última quinta-feira, 25, 400.920 testes de diagnóstico de Covid-19. Os exames são do tipo RT-PCR. Desse total, 23,05% deram positivo. Até o último registro, o município já confirmou 92.414 casos, sendo que 1.738 vieram a óbito pela doença, com uma morte nas últimas 24 horas. A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida informa que nas últimas 24 horas foram registrados 21 novos casos na cidade. Até o momento, o município possuía 266 casos ativos, que estavam hospitalizados ou monitorados pela Telemedicina, oxímetros e exames.

Apesar do Painel da Covid-19 de Aparecida informar que o município está classificado no cenário verde (baixo risco), 2 bairros estão em vermelho. O campeão da lista é o Jardim Buriti Sereno, com 4.190. Em segundo lugar aparece o Cidade Vera Cruz, com 3.759. No cenário laranja aparecem três setores. O Jardim Tiradentes (2.995), Setor Garavelo (2.519) e o Garavelo Residencial Park (2.071). Em seguida figuram os seguintes bairros com maior número de casos confirmados: Parque Veiga Jardim (1.850), Independência Mansões (1.746), Vila Brasília (1.680), Sítios Santa Luzia (1.676), Colina Azul (1.601), Jardim Alto Paraíso (1.494), Pontal Sul Acréscimo (1.337).

De acordo com o Boletim Epidemiológico da cidade de quinta-feira, 25, adultos entre 30 e 39 anos lideram o percentual por faixa etária de casos confirmados em Aparecida, com 24%. Em segundo lugar aparecem jovens entre 20 e 29 anos, com 21%. Em terceiro lugar estão adultos entre 40 e 49 anos, com 20%. Em quarto lugar vêm adultos entre 50 e 59 anos, com 13%. Em seguida aparecem crianças e jovens entre 10 e 19 anos, com 8%; idosos entre 60 e 69 anos, com 7%; idosos entre 70 e 79 anos, com 3%; crianças entre 0 e 5 anos, com 2%. Crianças entre 6 e 9 anos figuram com 1% e idosos acima de 80 anos, entre 1% e 2%. No momento a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para tratamento da Covid-19 na rede pública de saúde está em 36% e as enfermarias têm ocupação de 13%.

Aparecida de Goiânia adotou um modelo diferente do restante da região metropolitana: semelhante a 2020, a cidade foi dividida por macrozonas, algumas das quais com funcionamento de comércio permitido durante alguns dias da semana, a depender da gravidade da situação da pandemia. Para especialistas em saúde, o aumento no número de casos foi reflexo da flexibilização das medidas de distanciamento social.

Apesar da queda do número de casos e mortes por Covid-19, especialistas brasileiros alertam para nova onda de infecções no início do segundo trimestre de 2022. Esse é um dos cenários projetados pelos pesquisadores do grupo Ação Covid-19 para o Brasil caso as medidas de contenção do vírus não sejam mantidas ou retomadas a fim de quebrar as taxas de transmissão atuais. Os pesquisadores ressaltam que esse quadro é possível mesmo com o avanço da vacinação, destacou o Valor Econômico.

À medida que a vacinação progride, especialistas e agências sanitárias de todo o mundo esperam, para os países onde o vírus segue descontrolado, como o Brasil, queda contínua no número de óbitos e internações, mas manutenção de novos casos em patamares elevados. A intensidade desse fenômeno, porém, é desconhecida. A ação Covid-19 reúne 25 pesquisadores com inserção internacional, entre médicos, biólogos, economistas, físicos e estatísticos.