“Mendanha não sabe ou, sabendo, ignora todo o mal que a esquerda fez para Goiás”
Nome cotado pelo PL bolsonarista para disputar o governo de Goiás em 2022, o deputado federal Major Vitor Hugo (ainda PSL) abriu as baterias na direção do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), possível adversário no campo oposicionista. Para Vitor Hugo, o prefeito de Aparecida inviabilizou qualquer aproximação com a base do presidente Jair Bolsonaro em Goiás, ou mesmo com a “direita conservadora”, por conta das alianças feitas com partidos da esquerda em 2020, quando foi reeleito.
Na visão de Vitor Hugo, Mendanha tem alianças com a esquerda e em seu hipotético governo, sua gestão teria auxiliares do PT. “Gustavo Mendanha não se furtou, não teve melindres de compor com toda a esquerda durante a reeleição dele para Aparecida. Compondo com o PT, PCdoB, PDT, PSB, PV. São partidos que atuam com força contra o presidente na Câmara dos Deputados”, argumentou o deputado. E completa: “O Mendanha não sabe ou, sabendo, ignora todo o mal que a esquerda fez para o Brasil e ainda poderá fazer para Goiás”.
Vitor Hugo ainda faz projeções de uma possível gestão de Mendanha, com secretários ligados a partidos de esquerda. “Ou o Mendanha não sabe ou sabendo ignora todo o mal que a esquerda fez para o Brasil e poderia fazer para Goiás se ele chegasse lá. Já imaginou Goiás com um secretário da Educação do PT? Ou um secretário de Economia, Finanças ou Indústria e Comércio do PSOL ou do PCdoB? Tenho certeza que a sociedade goiana jamais aceitaria.”, ressaltou o parlamentar.
O líder bolsonarista realizou na última semana “reunião suprapartidária”, em seu escritório, em Goiânia, com pré-candidatos a deputado estadual e federal pela base do presidente e que apoiam o seu nome como nome para a disputa ao governo. Estavam na conversa “expoentes da direita goiana”, segundo afirma Vitor Hugo, que cita o ex-candidato a prefeito de Goiânia, Gustavo Gayer; deputado estadual Paulo Trabalho; ex-vereador Oseias Varão; o ex-deputado federal Fábio Sousa, além de outras figuras.
Se o PL já é um partido pequeno em Goiás – tem apenas uma deputada federal e 13 prefeitos -, com o ingresso do presidente Jair Bolsonaro e seu grupo a legenda poderá mergulhar numa divisão interna com sérias consequências para o desempenho eleitoral em 2022. (H.L.)