Advogada é presa em flagrante após entrega de droga para detento no Complexo Prisional
234 selos da droga sintética K4, conhecida como a Super Maconha, estavam grampeados em papel de decisão judicial entregue ao detento. Ordem dos Advogados acompanha o caso
Suely Carvalho
Uma advogada, inscrita na Ordem de Advogados do Brasil de Goiás, (OAB-GO), foi presa em flagrante na tarde de quarta-feira, 15, por volta das 13h30min, na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia (CPP), burlando a lei. Por motivos de segurança, somente as iniciais dos nomes dos investigados serão divulgadas.
A doutora, J.A.O, durante atendimento a seu cliente, o detento J.C.G.M, que cumpre pena no bloco 2 da unidade, entregou ao preso um papel que aparentava ser uma decisão judicial. Nele estavam grampeados 234 (duzentos e trinta e quatro) unidades de selos análogos à substância K4 (maconha sintética, mais conhecida como Super Maconha).
De acordo com a Coordenação Regional Prisional da Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), em nota enviada ao Diário de Aparecida, o material foi apreendido durante a revista pessoal do preso feita pelos policiais penais logo após o término do atendimento da advogada ao detento. Em seguida, ao ser questionado sobre quem teria lhe entregado o ilícito, ele espontaneamente, respondeu que teria sido sua defensora.
A ação da profissional teria sido presenciada por mais dois detentos, F. A. R. e D.F. , que se encontravam naquele momento no mesmo local e informaram que viram quando a advogada repassou a cópia da decisão judicial com os entorpecentes grampeados.
Assim que foi imediatamente acionada pela direção do presídio a OAB-GO, enviou um profissional para acompanhar a condução da doutora à Central de Flagrantes. E através de nota a imprensa assegurou que seguirá acompanhando o caso para certificar-se do cumprimento do devido processo legal, contraditório e amplo direito de defesa e, em caso de comprovação de culpa, tomar as providências necessárias na esfera ético-disciplinar.