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Guardas Municipais de Aparecida dizem que prefeitura tem dinheiro e que não paga acertos com categoria porque não quer

Texto da AMPIGUC afirma que uma simples análise da folha de pagamento da GCM mostra o escândalo da péssima gestão e do despreparo de um prefeito que poderia ter estudado e se preparado mas preferiu o improviso

Ana Paula Arantes

 

A Associação  Municipal  de  Proteção  aos  Inspetores e Guardas Civis (AMPIGUC) que tem o guarda civil e inspetor, Wanderley Amancio da Silva, aluno de pós-graduação da UEG (Universidade Estadual de Goiás) como presidente, enviou um texto à redação do Diário de Aparecida explicando o ponto de vista da instituição, respaldado em uma pesquisa realizada pela mesma, sobre os anos que o Poder Público Municipal vem protelando o cumprimento das leis que demandam a atualização dos direitos trabalhistas da GCM.

A AMPIGUC, foi fundada em 1º de março de 2016, sob o registro 1.668, Livro A-213, Folhas 065/085, com o objetivo de promover a assistência social, defender judicialmente e administrativamente os associados, dentre as finalidades, está o zelo pela probidade administrativa, denunciando o mau uso do dinheiro público, inclusive podendo acionar judicialmente, qualquer ato de improbidade administrativa dos agentes públicos, conforme a Lei nº 8429/92. A principal bandeira da associação desde sua criação foi o Plano de Carreira, no qual vem acompanhando a implantação e votação. A votação aconteceu, mas não foi implantada ainda, segundo o argumento da prefeitura, devido a falta de disponibilidade orçamentária para cobrir os valores.

“Poucos prosperam”

De acordo com o texto intitulado “Tem dinheiro, não paga porque não quer” produzido pela AMPIGUC e enviado ao Diário de Aparecida, o prefeito Gustavo Mendanha em suas viagens ao interior do Estado, alega ser um gestor competente e moderno. No entanto a instituição afirma que uma simples análise da folha de pagamento da Secretaria de Mobilidade e Defesa Social, em especial na folha da Guarda Civil mostra o escândalo da péssima gestão e do despreparo de uma pessoa que nasceu em berço de ouro, que, segundo a associação, ele poderia ter estudado e se preparado mas preferiu o improviso, e por causa disso, famílias de guardas civis estão pagando caro pela péssima administração, enquanto poucos prosperam.

Conforme minuta orçamentária produzida pelo Secretário da Guarda Municipal, seriam necessários algo em torno de R$ 4,5 milhões para quitar os valores retroativos relativos à implantação do Plano de Carreira da Guarda Municipal, conforme disposto na Lei Municipal no 111/2015. No entanto, a gestão do prefeito Gustavo Mendanha não disponibiliza os valores para efetuar o pagamento sob alegação de que não há dinheiro.

Mais de R$ 1 milhão gastos em um ano com gratificações e Bônus Meta, não estão publicados no Portal da Transparência

O texto da AMPIGUC prossegue dizendo que para ajudar o gestor municipal, a entidade resolveu fazer um levantamento na folha de pagamento da corporação a fim de encontrar os valores necessários para o pagamento dos valores devidos ao servidor. Na folha de pagamento referente ao mês de novembro de 2021, um levantamento superficial informou que o prefeito gasta nada menos que R$ 90.661,56, por mês, em duas despesas: 1) Gratificações; 2) Bônus por Metas Alcançadas.

Num cálculo simples a associação constatou que em um período de 12 meses + 1 parcela de 13°, o citado gestor está gastando aproximadamente R$ 1.178.600,20, somente em gratificações e no famigerado Bônus Meta, cujos relatórios de metas alcançadas não estão no Portal da Transparência. (A.P.A.)

Se a atual gestão administrasse com a lisura necessária, esses números não precisariam ser discutidos por meio da imprensa livre”

Na visão da AMPIGUC, se os valores citados fossem utilizados no planejamento e incluídos no orçamento para o Plano Plurianual que está na Câmara de vereadores, e fossem direcionados para o pagamento do plano de carreira e outras verbas devidas ao servidor como retroativo de horas extras, o gestor municipal teria a disposição em 4 anos um valor não inferior a R$ 4.714. 400,80 milhões para quitar as dívidas com o servidor da Guarda Civil.

“Os valores acima são preliminares e estimados para baixo. Se a gestão de Gustavo Mendanha, de fato, tivesse interesse em administrar a coisa pública com a competência e lisura necessárias, esses números e outros, não precisariam ser discutidos por meio da imprensa livre, mas dentro de uma sala de reuniões com pessoas preparadas para esse debate. Mas nosso gestor municipal não tem tempo para esse tipo de debate, sua agenda está muito cheia com viagens ao exterior e a cidades do interior de Goiás com a finalidade de fazer… bom …não sei muito bem o que ele vai fazer nessas viagens. O fato gritante é que, o valor gasto anualmente na Guarda Civil com gratificações e bônus por metas que ninguém sabe quais são, fazem prosperar uma minoria e jogam na miséria uma maioria de famílias“, diz trecho do texto. (A.P.A.)

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