Escolha de brinquedos para o Natal deve levar em consideração a segurança das crianças
Sociedade Goiana de Pediatria alerta para a escolha de presentes seguros neste Natal
Escolher um brinquedo nem sempre é tarefa fácil e, muitas vezes, alguns aspectos passam despercebidos. As peças pequenas, o material de má qualidade, a tinta tóxica e outros detalhes podem ser suficientes para transformar um presente aparentemente inofensivo em um grande causador de problemas. No Natal, uma das épocas que mais movimentam o comércio de brinquedos, os cuidados na hora de adquiri-los não devem ser desconsiderados. A SGP (Sociedade Goiana de Pediatria) alerta que para manter a segurança das crianças é necessário dar atenção a itens específicos. A principal recomendação é buscar produtos que tenham o certificado de segurança do Inmetro.
Apesar de aparentemente inofensivos, brinquedos mal escolhidos podem trazer problemas. Um levantamento realizado pelo Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo mostrou que esse tipo de produto é o segundo no ranking com mais relatos de acidentes registrados em 2020 (9,2%).
Diretora de comunicação da SGP, a pediatra Mirna de Sousa explica que, independentemente do meio em que a compra é realizada – online ou presencial -, é possível seguir alguns passos para oferecer mais segurança aos pequenos. Além de buscar produtos com selo do Inmetro, outro ponto fundamental é pensar nas características e na idade da criança que vai receber o item. “Os brinquedos são recomendados por faixas etárias. Isso quer dizer que alguns virão com peças que podem causar acidentes caso usadas por uma criança que esteja fora da idade adequada para manusear o produto. Nas embalagens é possível identificar para qual faixa aquele brinquedo se destina.”
A pirataria também integra a lista dos responsáveis pelos possíveis prejuízos causados à saúde das crianças. Em brinquedos dessa natureza a chance de acidentes e intoxicações pode ser ainda maior já que a matéria-prima utilizada não cumpre requisitos básicos de segurança. A pirataria no segmento é tão disseminada que dos 500 mil itens fiscalizados pelo Inmetro até o mês de setembro de 2020, 17% estavam irregulares. “Quem for presentear deve procurar lojas que ofereçam produtos de procedência e evitar compras no comércio informal. Mais do que presentear, é preciso oferecer segurança às crianças que sozinhas não percebem o potencial perigo em um presente”, finaliza Mirna.