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Primeiros socorros prestados de forma incorreta podem trazer sequelas graves

Com aumento das viagens, risco de colisões, atropelamentos e capotamentos acende alerta sobre a gravidade dos acidentes. Especialista diz que ajuda às vítimas precisa ser feito com cautela

Um levantamento realizado pelo Datasus (departamento de dados do Ministério da Saúde) mostrou que durante o mês de dezembro os acidentes de trânsito podem aumentar em até 12%. Um detalhe que chama atenção é o motivo. De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária, o fator humano é a principal causa das ocorrências, correspondendo a 90% dos casos. No momento em que as festas e as férias de fim ano fazem crescer o número de veículos nas estradas, pensar nos cuidados em caso de acidentes graves é fundamental para garantir o salvamento adequado da vítima.

Especialistas alertam que os condutores e passageiros devem se esforçar para entender as formas de se prestar os primeiros socorros às pessoas que sofrem acidentes automobilísticos. Para o ortopedista Tiago Antunes, muitas vezes é melhor saber o que não fazer para evitar prejudicar ainda mais a vítima. “Pode ser a diferença entre viver ou morrer. Vítimas de acidentes de trânsito podem apresentar lesões que talvez comprometam a vida. Os primeiros socorros, prestados de maneira correta e adequada, podem garantir a chance de sobrevivência às vítimas mais graves.”

O especialista defende que toda a sociedade tenha acesso ao BLS (Basic Life Support), uma espécie de curso que simula situações em que são necessários os primeiros socorros. “É preciso trabalhar na defesa de políticas públicas que eduquem a população neste sentido porque é difícil encontrar pessoas que saibam como agir quando alguém se acidenta, desmaia ou infarta. O conhecimento básico pode salvar vidas”, explica.

Dados preliminares do Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito mostram que no Brasil já são mais de três milhões de acidentes registrados até o último levantamento, que consolidou dados até o início de dezembro. Goiás segue a tendência do restante do país. No estado já foram mais de 74 mil acidentes, com quase 105 mil vítimas não fatais.

 

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