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Mais de 65% dos consumidores da Grande Goiânia vão presentear neste Natal

CDL Goiânia analisa que a queda do número de casos de Covid-19 traz mais tranquilidade aos clientes que vão às lojas

Eduardo Marques

Um levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Goiânia mostrou que as vendas no comércio para o Natal deste ano na Capital e Região Metropolitana devem ser aquecidas. Ao todo, 65,45% dos que responderam à enquete afirmam que vão presentear, enquanto 16,36% ainda não se decidiram e 18,18% não vão gastar na comemoração. Os números locais seguem a tendência do restante do Brasil, onde a expectativa é de que 77% dos consumidores presenteiem, retornando ao patamar de consumo pré-pandemia, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

O presidente da CDL Goiânia, Geovar Pereira, analisa que a queda do número de casos de Covid-19 traz mais tranquilidade aos clientes que vão às lojas e também àqueles que reunirão para comemorar. “No último ano a população ainda estava insegura quanto às reuniões familiares, o que acabou por interferir na prática de trocar presentes. Agora, com a pandemia mais controlada, o comércio dá passos mais consistentes na direção da retomada econômica”.

Os volumes financeiros da data mais aguardada pelo varejo devem injetar aproximadamente R$ 68,4 bilhões na economia brasileira. Nacionalmente os consumidores pretendem comprar 4,5 presentes e o ticket médio de cada produto será de R$ 122,78. Vale destacar ainda que metade daqueles que vão às compras deseja gastar até R$ 150,00 por presente (49%). Em Goiânia e na Região Metropolitana, na somatória dos que vão presentear e dos que ainda não se decidiram, 34,44% pretendem investir mais de R$ 200,00 no presente; 27,77% vão gastar entre R$ 150,00 a R$ 200,00; 16,66% entre R$ 100,00 e R$ 150,00; e 16,66% entre R$ 80,00 e R$ 100,00.

Os dados da CDL Goiânia ainda apontam que o valor do presente neste Natal, na comparação com 2020, será menor para 42,2%. Já 26,6% dos ouvidos na enquete devem manter o gasto na mesma média do ano passado e 12,22% pretendem aumentar. Em nível nacional, 33% dizem que vão gastar menos nas compras de presentes este ano; 31% querem gastar mais e 27% vão manter a mesma quantia. Entre aqueles que pretendem gastar menos na pesquisa nacional, 37% querem economizar; 22% estão com o orçamento apertado; e 18% citam as incertezas com relação à economia brasileira para o próximo ano. Já aqueles que devem gastar mais justificam que querem dar um presente melhor (36%); os preços estão mais caros (34%); e que darão mais presentes (26%).

Principais locais de compra

Seguindo a tendência do e-commerce, a internet (45%) será o principal local de compra dos consumidores brasileiros no Natal. Em seguida aparecem as lojas de departamento (43%) e os shoppings center (40%). Entre aqueles que farão compras online, 37% devem comprar quase todos os presentes na internet; 31%, metade dos presentes; e 21%, todos os presentes. Em média, 67% dos itens serão comprados pela web. Os canais de compra on-line mais utilizados devem ser os sites (76%) e os aplicativos (72%), com destaque para aqueles de lojas varejistas nacionais e em sites internacionais; seguidos pelo Instagram (23%).

A internet também será o principal local de pesquisa de preços, de acordo com os entrevistados. 79% dizem que farão pesquisa de preços antes de comprar os presentes, sendo que 83% vão utilizar a internet (sobretudo os sites, aplicativos e as redes sociais). Já 68% costumam fazer pesquisas de forma offline, principalmente nas lojas de shopping e de rua.

Aqui na capital e nas localidades da Região Metropolitana, o levantamento da CDL mostrou que 56,66% dos consumidores são influenciados pelo preço. Já 8,88% escolhem o local das compras por conta de ofertas e promoções; 15,55%, pela qualidade dos produtos; e 5,5% pelo atendimento.

As principais formas de pagamento dos consumidores nas compras de Natal na Grande Goiânia serão: cartão de crédito parcelado (38,88%), dinheiro (20%), cartão de débito (18,88%), cartão de crédito em uma parcela (14,44%), Pix (5,5%) e crediário (2,2%).

30% dos consumidores que pretendem ir às compras possuem contas em atraso

Pesquisa realizada pela CNDL e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise, identificou que 30% dos consumidores que pretendem presentear este ano possuem contas em atraso, sendo que 67% estão com o nome sujo, um aumento de 16 pontos percentuais em comparação com o ano passado.

O levantamento também mostra que 27% dos que devem comprar presentes do Natal costuma gastar mais do que podem, 7% pretendem deixar de pagar alguma conta para adquirir os presentes, 8% para conseguir participar das comemorações de Natal e 6% das comemorações de ano novo.

De acordo com os consumidores, as principais contas que deixarão de ser pagas para comprar presentes de Natal ou participar das festas de fim de ano são: TV por assinatura (24%), cartão de crédito (20%), internet (20%), financiamento de carro ou moto (13%) e conta de água/luz (11%).

O presidente da CNDL, José César da Costa, ressalta a importância de resistir aos excessos de consumo para evitar entrar no próximo ano com mais dívidas. “O recomendável é não comprar por impulso e planejar as despesas de acordo com o orçamento, sempre priorizando a quitação de contas. O início do ano é sempre uma época de gastos extras como impostos e material escolar dos filhos, por exemplo. Fazer uma lista prévia do que se deseja e pesquisar preços são as atitudes mais indicadas para não extrapolar as finanças”, destaca Costa.

Natal de 2020

Segundo a pesquisa, 15% dos consumidores que realizaram compras de final de ano em 2020 ficaram com o nome sujo por causa das dívidas pendentes, sendo que 6% já limparam o nome e 8% ainda estão negativados. Em média, o valor das dívidas é de R$ 1.041,53, com aumento de R$ 491 frente a 2020, em que o valor foi de R$ 550,50.

“É compreensível o apelo ao consumo durante o Natal, mas a pessoa deve gastar de acordo com sua realidade financeira. Se há dívidas a pagar, assumir novos compromissos poderá piorar ainda mais este quadro. O ideal é restringir os gastos e equacionar as contas em atraso em primeiro lugar”, alerta Costa. “Também vale a pena planejar-se antes de sair de casa, avaliando o orçamento disponível para os presentes, elaborando uma lista com as pessoas a serem presenteadas e evitando que a empolgação do momento interfira nas decisões financeiras”, recomenda o presidente da CNDL. (E.M.)

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