Procurado pela Interpol desde 2019, criminoso é preso pela Polícia Militar em Goiás
Sul-africano, aplicava golpes contra o sistema financeiro Internacional e havia desaparecido com mais de 22 mil Bitcoins dos clientes de sua Trading International. O preço de um Bitcoin varia entre R$ 270 mil e R$ 300 mil
Suely Carvalho
A equipe do Grupamento de Intervenções Rápidas Ostensivas (Giro), da Polícia Militar de Goiás, (PM-GO), efetuou, na semana passada, em Goiânia, a prisão de um homem, investigado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), acusado de aplicar golpes no sistema financeiro internacional. Seu nome constava na lista de procurados pela Interpol desde 2019. Estima-se que crimes tenham gerado prejuízo bilionário, há mais de 170 mil clientes.
De acordo com o tenente-coronel Raimundo Coelho Pinto Júnior, comandante do Giro, as equipes da especializada começaram a monitorar o indivíduo assim que receberam a informação de que um homem sul-africano, que havia aplicado diversos golpes contra o sistema financeiro, estaria escondido em Goiânia. “Nossos policiais começaram a fazer um levantamento criterioso do suspeito e depois de um trabalho intenso realizado durante aproximadamente um mês, foi possível identificar e abordar o sujeito”, explica.
No momento da abordagem, os PMs contaram que o procurado apresentou documentação falsa. “A Polícia Federal e a Interpol [unidade de Brasília] já estavam cientes do nosso levantamento. Assim que realizamos a abordagem, o sujeito foi apresentado à Superintendência da PF para o cumprimento do mandado de prisão internacional e autuação pelo crime de uso de documento falso”, acrescentou o tenente-coronel Júnior.
O governador Ronaldo Caiado, comemorou mais este êxito logrado pelas forças de segurança do Estado, pasta de constante preocupação e atenção na gestão do chefe do executivo, que hoje é destaque entre as melhores do país.
“Não agimos só com bandido pé de chinelo. Bandido grã-fino não se cria no Estado de Goiás. Aqui ele cai também, tenha o status que tiver. Nossa tropa tem total liberdade para agir”, destacou Caiado e comemorou, “a vocês meus aplausos e meu reconhecimento. Nada é mais honroso do que caminhar nesse Brasil e receber homenagens que deveriam ser feitas a cada um de vocês que me emprestam esse prestígio ao agirem com determinação e garra”, pontuou.
Esquema de Pirâmide Financeira prometia lucro de 10% na compra de criptomoedas
De acordo com as informações trocadas entre a Interpol e a Polícia Federal, o criminoso em 2019, fundou a empresa Trading International (MTI) com sede na África do Sul. A empresa com a fachada de trade, prometia lucros aos clientes de até 10 por cento, o que, segundo a investigação, é impraticável em qualquer sistema financeiro mundial. Foi identificado que a empresa se tratava de um esquema de pirâmide que utilizava a venda de criptomoedas.
Relatos repassados a Interpol mostram que, em um determinado momento os clientes passaram a não conseguir realizar os saques dos capitais adquiridos e isso motivou a investigação da empresa por parte da polícia da África do Sul.
Assim que começaram a realizar o levantamento de informações, perceberam que o diretor, que também é o fundador da empresa, havia desaparecido com mais de 22 mil Bitcoins dos clientes da Trading International.
De acordo com as investigações, o preço de um Bitcoin pode valer entre R$ 270 mil e R$ 300 mil. A ação do sujeito colocou em grave risco o Sistema Financeiro Sul-africano. Nesse contexto, o homem passou a ser investigado e procurado pela Interpol.
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, ressaltou a produtividade em alta das forças de segurança do estado. “A prisão de um criminoso procurado no mundo todo mostra a eficiência da polícia do Estado e o compromisso de combater incessantemente a criminalidade”, enalteceu o chefe da pasta. “Nossas forças de segurança têm mantido um combate eficiente e sem tréguas à criminalidade e um cuidado todo especial e proteção para nossa população de bem”, acrescentou Rodney. (S.C.)