Paciente em tratamento de câncer deve estar atento aos sinais de gripe, alerta médico
Sintomas, que são semelhantes aos da Covid, precisam ser imediatamente informados ao oncologista para definição de medidas que evitem a evolução da doença
Coriza, tosse, febre, dor de garganta. O ano de 2022 começa com grande fluxo de pessoas apresentando estes sintomas nas unidades de saúde, em busca de diagnóstico e tratamento. Além da variante Ômicron, que trouxe um aumento nos casos de Covid, a incidência de gripe do tipo H3N2 contribui com o cenário, que deixa em alerta, sobretudo, os chamados “grupo de risco”, como, por exemplo, quem está passando por tratamento de câncer. “Ao verificar quaisquer sintomas de gripe, o paciente oncológico deve, primeiramente, comunicar seu médico.” O alerta é do oncologista Giulliano Castiglioni, que integra o corpo clínico da Oncomed-MT, em Cuiabá.
Ele explica que, ao tomar conhecimento da situação, o médico definirá a conduta a ser adotada. Segundo Castiglioni, quem está passando por tratamento oncológico, principalmente quimioterapia, possui maior chance de contrair gripe. Isso acontece porque o sistema imunológico fica fragilizado, o que aumenta, também, a possibilidade da doença evoluir de forma grave.
“Em situações emergenciais, caso a pessoa apresente dificuldade para respirar, tontura e vertigens, lábios com coloração azulada ou arroxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, deve procurar um pronto atendimento imediatamente”, ressalta.
Gripe e tratamento oncológico – Na suspeita ou confirmação de gripe, o médico orientará o paciente oncológico sobre a continuidade do tratamento oncológico. “É muito importante procurar ficar em casa no período de transmissão da doença, evitar fazer visitas em domicílios e hospitais, manter o distanciamento social e o uso da máscara.”
Sobre a influenza – É uma infecção viral aguda que se caracteriza por sintomas respiratórios como tosse, coriza, dor de garganta, além de sintomas sistêmicos como febre, cefaleia, dor no corpo e mal-estar. Pode levar a casos graves, apresentando o desconforto respiratório e sendo necessária a internação. A complicação que mais provoca hospitalização é a pneumonia viral ou superinfecção bacteriana.
O vírus influenza é classificado em três tipos antigênicos, que são o A, B e C. No subtipo A estão o H1N1 e H3N2.
Vacinas – Giulliano Castiglioni explica que o paciente oncológico deve manter o calendário vacinal em dia. “No caso da gripe, é importante que todos sejam imunizados uma vez por ano. A exceção fica para quem está passando por imunoterapia, situação em que cabe ao oncologista avaliar a viabilidade da vacinação, em razão de possíveis efeitos adversos.”