Enquanto Mendanha abandonou, é Caiado quem cuida de Aparecida

Nilson Gomes

Aparecida de Goiânia ainda colhe as conquistas de três ótimos mandatos, os dois (2009/16) de Maguito Vilela e o seguinte (2017/20) com Gustavo Mendanha, considerado bom em virtude de projetos e recursos deixados pelo antecessor.

Maguito vive 

Há um ano, Maguito foi levado pela Covid e Mendanha, pelo convite à ambição. Maguito foi para o Céu e Mendanha, para o interior de Goiás. Maguito viveu para os pobres, Maguito vive para seus admiradores, Mendanha morreu para os maguitistas.

Como o poder não deixa vácuo, coube a Ronaldo Caiado cuidar dos 700 mil aparecidenses abandonados por Mendanha (IBGE considera 600 mil por se basear em estimativas com 12 anos de anacronismo).

Aparecida sem prefeito

Com Aparecida sem prefeito, deu-se ao menos algo agradável: o nível da cidade caiu para cima — quem está levando os benefícios é o governador.

Lei de Newton é eficiente

Na área da segurança, Caiado deslocou da Casa Militar o coronel Newton Castilho e o levou para Aparecida, sede do 2º Comando da PM. Os resultados, que já vinham ótimos, ficaram ainda melhores. Castilho está no panteão dos orgulhos da Polícia Militar, de uma geração altamente preparada de que fez parte o saudoso Hrillner Ananias, também vítima do novo coronavírus.

Além das Polícias Civil, Militar e Penal, a Prefeitura de Aparecida sempre contou com a Guarda Municipal para proteger os equipamentos públicos. Porém, atualmente, a GM não pode contar com a reciprocidade: as condições de trabalho são simplesmente péssimas e seus integrantes ganham menos que suplentes de vereador nomeados aspones. Devido a essa humilhação, os policiais municipais montaram acampamento de combate ao salário vergonhoso.

Mato mais alto que o Morro do Mendanha 

A gestão municipal não oferece o mínimo para a prevenção da violência. Os milhares de micro matagais compõem a paisagem e abrigam entulhos, escorpiões, estupradores, ladrões e outras coisas que não prestam. O mato toma conta de tudo, ainda mais nos loteamentos da máfia da especulação imobiliária, influentíssima no poder público local.

Farofa da Gkay tem hit: o prefeito meu é o Gustavo breu

Os bairros de Aparecida são mais escuros que o dark room da farofa da GKay. A iluminação na BR 153, que deveria ser instalada e mantida pela prefeitura, inexiste e o efeito são acidentes e mortes. Detalhe: Mendanha recebe em dobro para acabar com a escuridão, tanto do governo federal quanto dos moradores.

Mendanha desistiu do desenvolvimento econômico 

Amainou-se até minguar completamente o ímpeto maguitista de atrair investimentos, treinar mão de obra e, com isso, gerar empresas e empregos. Quem deseja empreender só tem de parceiros o Sebrae e órgãos estaduais, GoiásFomento à frente.

Deixou os filhos de Deus ao deus-dará 

Na área social, o caos é absoluto. Para proteger as famílias necessitadas, excluídas em massa dos planos municipais, a primeira-dama Gracinha Caiado supre a ausência das políticas mendanhistas de assistência.

Gracinha e Ronaldo Caiado fizeram ali recentemente um mutirão de benefícios, com 80 mil atendimentos. Haverá outra edição tão logo as condições sanitárias permitam — seria ainda nesta quinzena, mas a variante Ômicron chegou com tudo.

Gosta mais de aparecer que de Aparecida 

Ocorreu o mesmo nos demais setores da administração: Ronaldo Caiado está cuidando igualmente de Educação, Saúde, incentivo ao empreendedorismo e demais iniciativas cuja frações deveriam ser assumidas pela prefeitura de Aparecida.

Mendanha gosta de Aparecida e, pelo visto, muito mais de aparecer: diz que em 2021 visitou 100 cidades e não visitou nem 10 bairros de sua cidade. Roda mil quilômetros para visitar pseudo lideranças da baixa da égua e se esquece dos vizinhos que sofrem com a buraqueira e a lama nas ruas.

Obteve 96%. E certos estavam os outros 4% 

Mendanha ama Aparecida, mas desde o ano passado virou amor tóxico, nocivo, de posse, que não assume nem repassa logo para o vice. Mendanha ama Aparecida? Então, deveria honrar os 96% de votos recebidos. Do contrário, 100% dos 700 mil habitantes vão se conscientizar de que certos estavam os outros 4%.