Um ano sem Maguito, o prefeito que transformou Aparecida
Por 8 anos, líder do MDB comandou a gestão da 2ª maior cidade do Estado com obras estruturantes, valorização dos programas sociais e investimentos em Saúde e Educação, além de restabelecer a autoestima do cidadão com empregos e renda
Helton Lenine
O ex-prefeito por dois mandatos de Aparecida de Goiânia e ex-governador Maguito Vilela, morto em 13 de janeiro de 2021, por complicações decorrentes da Covid-19, deixou um legado que transformou a história de Aparecida de Goiânia, recuperando a autoestima da população.
Maguito implementou uma administração operosa – construiu viadutos e obras estruturantes importantes, pavimentou centenas de ruas e avenidas em todos os bairros, construiu postos de saúde e um hospital municipal, reformou e inaugurou novas escolas, valorizou a cultura e promoveu a integração da comunidade, além de implantar programas sociais – sua característica principal.
“Antes de Maguito, Aparecida era uma cidade-dormitório, as pessoas iam para Goiânia em busca de escola e emprego. O prefeito revolucionou a administração, atraindo empresas para a geração de milhares de empregos e renda. Maguito passou para a história como o mais ousado e realizador gestor da cidade”, afirmou o governador Ronaldo Caiado (DEM), em visita recente à cidade.
Cidade administrada pelo chamado “Grupo de Aparecida”, que tinha como líder o ex-prefeito Ademir Menezes (Ex-MDB, hoje PSD), Maguito sepultou o ambiente de “política atrasada” que predominava em Aparecida e inaugurou uma nova fase, onde passou a existir a harmonia e clima de boa convivência, sem perseguição política a adversários. Com a morte de Maguito Vilela, um enorme espaço acabou aberto na política estadual. E é claro que o seu filho e herdeiro natural Daniel Vilela está pronto para ocupar o lugar do pai, tanto no comando do MDB em Goiás como disputando cargos eletivos de importância como, por exemplo, o de vice-governador do Estado em 2022.
Com a decisão do prefeito Gustavo Mendanha de deixar o MDB e não acatar a decisão partidária que indicou Daniel Vilela como candidato a vice na chapa do governador Ronaldo Caiado, o sentimento de decepção predomina na família emedebista. “Mendanha trai a memória de Maguito, cospe no prato que comeu, é desleal com o “irmão” Daniel e vai receber o troco nas urnas”, dispara o deputado estadual Bruno Peixoto (MDB).
“Vamos mostrar quem fez as coisas em Aparecida. Todas as obras são das gestões de Maguito. Quem mudou a cara da cidade foi ele e não o Gustavo”, diz o presidente do MDB, Daniel Vilela. Seguindo este caminho, o pré-candidato a vice-governador vai intensificar, na campanha, em Aparecida, a lembrança das obras do ex-prefeito e “chamar a uma reflexão”. Ao lado de Caiado, Daniel, vai “cuidar” de Aparecida “como ninguém” e não vai “deixar a cidade retroagir”, segundo promete.
MAIOR CASO DE INGRATIDÃO DA HISTÓRIA POLÍTICA DE GOIÁS
Gustavo Mendanha demonstrou sua “ingratidão” a Maguito Vilela a partir da posse no cargo de prefeito de Aparecida de Goiânia, em 1º de janeiro de 2021, quando iniciou pré-campanha ao governo de Goiás sem consultar Daniel Vilela, presidente estadual do MDB e filho de Maguito, na época nome natural como postulante do partido à candidatura majoritária em 2022. Mendanha acionou a assessoria para agendar visitas de prefeitos, vereadores e lideranças municipais ao seu gabinete, na Cidade Administrativa, para “conhecer” os seus feitos em Aparecida. O prefeito, obcecado pelo desejo e pela ambição de concorrer ao governo de Goiás, ignorou a vontade de 95% das bases municipalistas do MDB pela rejeição da candidatura própria e a favor de aliança com o DEM do governador Ronaldo Caiado.
Mendanha desprezou até a amizade longeva que tinha com Daniel Vilela, responsável pela aprovação de seu nome, na convenção do MDB, em 2016, como candidato à prefeitura. “Meu irmão Daniel”, como dizia Mendanha, virou seu desafeto político, por sua iniciativa. Mas, a partir de agora, Daniel Vilela, acompanhado pelos maguitistas históricos e leais, vai percorrer os 535 bairros de Aparecida para mostrar que as obras existentes na cidade, principalmente as estruturantes (viadutos, pontes, duplicações de avenidas, postos de saúde, escolas, praças), foram realizadas por Maguito Vilela e não por Gustavo Mendanha.