Mendanha afirma que não atenderá a GCM, acampada desde o dia 3, em frente à prefeitura
"Alguns guardas civis foram falar com o prefeito em um evento que aconteceu em Aparecida neste final de semana, e o prefeito se mostrou totalmente insensível à situação", falou o presidente da AGC-GO
Ana Paula Arantes
Mais de 40 barracas de servidores da Guarda Civil Municipal (GCM) permanecem montadas em frente à sede da prefeitura na Cidade Administrativa Luiz Alberto Maguito Vilela, desde a manhã do dia 3 de janeiro. As perdas de cargos e salário que ocorrem há cinco anos são pautas do movimento. A classe reivindica atualização do plano de carreira, quinquénio e data-base.
Ao Diário de Aparecida o Comandante, Jeferson Monteiro Santana, presidente da Associação dos Guardas Civis do Estado de Goiás (AGC-GO) informou que esteve com o secretário municipal de Administração, Arthur Henrique de Sousa Braga na última quinta-feira, 13, ocasião na qual o afirmou que não tem previsão para dar uma resposta sobre as reposições das perdas salariais pelas quais a classe está lutando.
“E ainda, fomos pegos de surpresa com a notícia de que alguns guardas civis foram falar com o prefeito em um evento que aconteceu em Aparecida neste final de semana, e o prefeito se mostrou totalmente insensível à situação. Disse que não vai atender, e que está chateado porque a guarda está fazendo manifesto nesse período. Falou que os agentes podem ficar o tempo que quiserem na porta da prefeitura que ele não vai atender os aumentos salariais da guarda civil”, repassou o comandante Santana, ressaltando que a AGC-GO está contribuindo com apoio jurídico, logístico e administrativo com o movimento.
Santana prosseguiu dizendo que achou infeliz a fala de Mendanha sobre aumento de salário da Guarda. Segundo o Comandante não se trata disso e sim de perdas salariais, o que torna a situação seríssima. Uma das falas do prefeito que deixou o presidente perplexo foi quando ele disse que se aumentar os pagamentos para a Guarda, terá que fazê-lo para todos os servidores de Aparecida de Goiânia, sendo que a situação não se trata disso.
Ainda segundo as informações de Santana, nesta segunda-feira, 17, grande parte dos 513 guardas civis municipais estará reforçando o movimento. “De forma estratégica foi pedido a nós para cessarmos de falar com a imprensa e não divulgarmos vídeos, pois seríamos atendidos, porém, depois entendemos que foi uma forma de nos calar e tentar esfriar o movimento”, pontuou Santana.
“Estamos fazendo contagem regressiva para a saída do prefeito da direção da cidade”
Wanderley Amâncio da Silva, inspetor da GCM, presidente da Associação Municipal de Proteção aos Inspetores e Guardas Civis (AMPIGUC) e aluno de pós-graduação da UEG (Universidade Estadual de Goiás), antecipou à redação do Diário de Aparecida que a categoria está com expectativas de que o prefeito Gustavo Mendanha se afaste da administração da cidade para concorrer o governo de Goiás.
“Nós estamos iniciando uma contagem regressiva para a saída de Gustavo Mendanha da prefeitura de Aparecida de Goiânia. Será um dia de comemoração. Estamos lançando a contagem com o tema Um Dia a Menos Que Falta Para a Saída de Mendanha da Prefeitura. No dia 2 de abril estaremos fazendo queima de fogos de artifícios para comemorar a saída do atual gestor do cargo de prefeito”, antecipou o Inspetor Amâncio.
Amâncio reitera que vários componentes da corporação, por não vislumbrar outra solução, anseiam para que mude a direção da cidade. “Contagem regressiva: faltam 77 dias para a saída de Gustavo Mendanha da prefeitura de Aparecida de Goiânia. Contamos com todos!, exclamou em 14 de janeiro. (A.P.A.)