Aparecida

Fátima Gavioli dá início, em Aparecida, ao ano letivo da rede estadual de ensino

“Colocar uma criança na Educação Infantil, na escola, é priorizar a educação, e isso precisa de uma política mais articulada”, disse secretária da Educação de Goiás em visita ao município

Ana Paula Arantes

 

O Colégio Estadual Jardim Cascata, que é uma unidade quilombola, com 692 alunos matriculados, foi a primeira unidade estadual a receber a visita da secretária de Educação do Estado de Goiás, Fátima Gavioli. Na tarde de ontem, 18, a gestora veio acompanhar os preparativos nas unidades escolares para o início do ano letivo na Rede Estadual que começam hoje, 19 de janeiro e serão 100% presencial.

 

A secretária foi recepcionada pelos profissionais da educação atuantes nas instituições estaduais de ensino. Durante a cerimônia de boas-vindas, não foi constatado nenhum representante da educação municipal, ou para prestigiar a presença da gestora em nome do prefeito Gustavo Mendanha.

 

Ao Diário de Aparecida, a secretária revelou que a escola em questão é muito especial por estar fomentando a inclusão de oportunidades para todas as pessoas sem distinção, o que para ela, representa a forma como a educação é tratada em Goiás. Salientou que 367 escolas no estado já terão o Novo Ensino Médio a partir deste ano. Em tom de entusiasmo, frisou que os alunos serão protagonistas do seu futuro, elemento que marca o avanço da história da educação.

 

“Agora os alunos podem escolher uma trilha formativa que tem a ver com suas habilidade e competências, e quem sabe a gente terá uma boa oportunidade de ao ingressar no ensino superior, essas pessoas errem menos ao escolher seus cursos. Por exemplo, se desejar ser jornalista, será encaminhado às trilhas de leitura de escrita, oratória e outras inerentes ao ensino da comunicação”, colocou.

 

Retorno

Para garantir uma retomada segura, segundo Gavioli, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria Estadual de Educação, adquiriu e já encaminhou às instituições de ensino máquinas pulverizadoras e termômetros para aferição de temperatura de alunos, professores e servidores administrativos.

 

Para Fátima Gavioli, todas as evidências mostram que a escola é um lugar seguro. Soma-se a isso o saldo positivo dos últimos seis meses, com o ensino híbrido, onde as crianças tiveram um comportamento exemplar na escola e nas salas de aula. “O momento é de cautela como sempre foi. Mas eu confio no trabalho de conscientização e de informação que nós fizemos”, frisou.

 

De acordo com a secretária, no retorno presencial às salas de aula, as equipes escolares e os estudantes deverão continuar cumprindo rigorosamente os protocolos de biossegurança e as normas definidas pelos órgãos de saúde em relação à Covid-19.

 

Diretoria

Ao Diário de Aparecida a diretora da unidade, Rita Cássia Pessoa de Souza, disse que chegou há 2 anos e encontrou uma estrutura física sucateada, depredada e pichada. Segundo ela, com os recursos financeiros por meio do governo estadual está sendo possível a transformação em aspectos gerais. O valor específico aplicado somente na unidade do Jardim Cascata em 2 anos, conforme a diretora soma-se, R$ 230 mil.

 

“Em governos passados havia verbas, mas não tão significativas como a atual, e com tanta liberdade para se levantar projetos que venham de encontro às reais necessidades das escolas e alunos. Houve tempos em que a escola recebiam bens que não supriam para a demanda. Para nós é um prazer recebermos a secretária aqui na unidade quilombola. Graças a ação do governo todos os professores estão vacinados com as doses atualizadas e com muita vontade de receber os alunos”,  pontuou.

 

Rita ressaltou que nos dias 20 e 21 de janeiro o colégio irá receber as vacinas para as crianças de 5 a 11 anos e adolescentes de 17 anos. A instituição trabalha a educação escolar quilombola, e por estar dentro do perímetro urbano foi a primeira escola no Estado a receber as vacinas em 2021. A instituição funciona com três turnos diários de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, no noturno há alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos) e Ensino Médio.

“Aparecida é um município muito rico. É inadmissível não investir na Educação Infantil”

Os números levantados pelo Instituto Rui Barbosa, órgão de pesquisas mantido pelos Tribunais de Contas de todo o País, sobre a Educação Infantil em Aparecida, apontaram que o município conta com 32.150 crianças na faixa de zero a 3 anos idade fora dos Cmeis (Centros Municipais de Educação Infantil), período em que obrigatoriamente deveriam iniciar a sua Educação Básica, a ser oferecida, segundo a Constituição Federal.

Ao Diário de Aparecida, Fátima Gavioli, pontuou que tudo que se faz na educação precisa ter o fomento e uma orientação do governo federal. Para ela, quando o governo federal se ausenta dessa discussão, a tendência é as coisas começarem a não dar certo, porque cada um vai fazendo do seu jeito. A gestora usou como exemplo o Novo Ensino Médio, que é uma lei de política nacional, e ressaltou que cada estado está fazendo do seu jeito, porque existe uma ausência, por parte do governo federal, nessa orientação.

“A educação Infantil precisava existir sim de uma política nacional no qual os prefeitos pudessem se sentir amparados para poderem implantar. Educação não é despesa, mas é preciso ter caixa para fazer investimentos. Então, tudo que se vai fazer, é preciso saber o valores, de onde sairá o dinheiro. Colocar uma criança na Educação Infantil na escola é priorizar a educação, e isso precisa de uma política mais articulada. Aparecida é um município muito rico. Da minha parte acho inadmissível não investir na Educação Infantil”, asseverou. (A.P.A.)

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo