Tragédia de Brumadinho completa 3 anos e Minas Gerais segue sem fiscalização adequada para outras barragens
O desastre ambiental completa três anos, com272 mortos e um dano ambiental incalculável e segue sem punição e sem fiscalização adequada.
A tragédia de Brumadinho completa nesta terça-feira, 25 de janeiro, três anos. Foram 272 mortos e um dano ambiental incalculável. Mesmo assim, o desastre causado pelo rompimento da barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), segue sem punição e outras barragem seguem sem fiscalização adequada.
O rompimento da barragem de Brumadinho se caracteriza como a maior catástrofe ambiental provocada pela ação humana em solo brasileiro. Os rejeitos percorreram mais de 600 quilômetros através do Rio Doce até desembocarem no Oceano Atlântico, provocando destruição e degradação ambiental nos municípios que ficam no percurso.
Três anos depois os corpos de todas as vítimas ainda não foram localizadas e o corpo de bombeiros segue trabalhando no local. Seis vítimas ainda estão desaparecidas.
Outras unidades com problemas
Um dossiê divulgado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), na semana passada, mostra que 18 das 31 estruturas de mineração no estado precisam de medidas emergenciais. O documento aponta que a urgência é essencial para segurança da população, principalmente por causa do grande volume chuvas no início deste ano.
Se recordarmos, lembraremos que no 8 de janeiro, um dique da mina Pau Branco, em Nova Lima (MG) ficou interditada por quase dois dias. A estrutura, que pertence à mineradora francesa Vallourec, não rompeu e nem causou mortes. Pelas más condições, a empresa gestora foi multada pelo governo de Minas Gerais em R$ 288 milhões.
No dia 9 de janeiro, foi a vez do terror chegar à população de Pará de Minas (MG). Lá, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros orientaram a população a a deixar suas casas por conta do elevado risco de rompimento da barragem de água.
Já na cidade de Congonhas (MG), a Companhia Siderúrgia Nacional (CSN) suspendeu as atividades aumento das chuvas, o que foi seguido em diversas barragens. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as empresas do setor, disse que as paralisações eram temporárias e visavam à redução de riscos.