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André Rosa diz que não acha viável que o vice-prefeito Vilmar Mariano receba a Guarda Civil

"Entramos no gabinete do secretário da Fazenda, quando entramos na sala, ele percebeu que se tratava dos acampados e nos informou que não receberia se soubesse que se tratava do movimento", disse um dos líderes

Ana Paula Arantes

Na semana passada, lideranças dos Guardas Civis Municiais (GCMʼs) foram recebidas pelo vice-prefeito Vilmar Mariano que pediu novamente um voto de confiança à corporação, voto esse que implicava levantar o acampamento e tão logo obter negociação com o prefeito Gustavo Mendanha. Antes da decisão dos acampados de aceitar a proposta de Vilmarzinho, chegou no acampamento a notícia de uma segunda ação judicial da prefeitura contra os agentes acampados e a Associação dos Guardas Civis do Estado de Goiás (AGC-GO), instituição que apoia o movimento. O primeiro processo da prefeitura movido contra a manifestação foi direcionado apenas ao Sindicato dos Guardas Civis Municipais do Estado de Goiás (SindGuardas), agora o Executivo pede a inclusão dos guardas acampados e da AGC-GO).

Cléber de Moura Prudente, conhecido como GCM Prudente, um dos líderes do acampamento explicou ao Diário de Aparecida que os guardas estão aguardando a posição do judiciário a respeito do acampamento já que foi solicitado pela prefeitura o arrolamento dos guardas e da AGC-GO. Após a quebra de palavra da prefeitura a votação foi interrompida. A Federação das Entidades dos Servidores Públicos Municipais do Estado de Goiás (FESSMEGO) no qual o SindGuardas é vinculado esteve no acampamento no domingo, 23, e após tentativas, conseguiu contato com os secretários do Gustavo Mendanha que resultou numa primeira reunião com o secretário da Fazenda, André Rosa na manhã de segunda-feira, 24.

“Entramos no gabinete do secretário André Rosa, a federação de identificou; o secretário decidiu receber a entidade, mas quando entramos na sala, ele percebeu que se tratava dos acampados, ele nos informou que não receberia se soubesse que se tratava do movimento. Nesse momento, informamos a André Rosa que tínhamos uma reunião com o vice-prefeito, Vilmar Mariano, marcada para às 13h. Então o próprio André Rosa disse às pessoas que estavam frente a ele que não achava viável que o vice-prefeito também nos recebesse, assim como ele não receberia se soubesse que éramos nós. A partir daí nos deram a sinalização de que o secretário executivo de Segurança Institucional, Davi Mendanha nos receberia, o que de fato aconteceu ontem, 24, às 18 horas”, especificou o GCM Prudente.

Federação das Entidades dos Servidores Públicos de Goiás intervém nas negociações 

Ao Diário de Aparecida, Sandro Valverde, presidente da Federação das Entidades dos Servidores Públicos Municipais do Estado de Goiás (FESSMEGO) disse que na reunião com Davi Mendanha a federação apresentou a proposta que pede a solicitação de imediato do plano de carreira, que exige estudo prévio de impacto financeiro ao Executivo municipal, pediu também estudo do salário mínimo, risco de vida e o R.E.T.G.M (Regime Especial de Trabalho da Guarda Municipal) a fim de serem todos ajustados e convertidos em um subsídio para assim ser aplicada a reprodução da data-base.

“O percentual de tudo, pode até ser parcelado e depois disso, se elaborar a alteração do plano de carreira da guarda, onde as progressões horizontais e verticais estão de fato paradas. Não houve nenhuma ascensão até agora de avaliação de desempenho de produtividade, e com isso a tabela está estagnada. E aí o secretário Davi ficou de conversar com o prefeito e fazer uma análise dessa junção do risco de vida com o R.E.T.G.M e o salário para criar o subsídio. Encaminhamos que há respaldo na lei afirmando que isso é possível. Davi falou que irá fazer a análise, encaminhar para a Procuradoria e para o secretário municipal de Finanças (André Rosa) no que estamos no aguardo, pois ficaram de apresentar uma contraposta para os GCMʼs”, detalhou, o presidente da FESSMEGO, Sandro Valverde. (A.P.A.)

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“Mais um ato covarde e traiçoeiro da administração municipal”

A Associação dos Guardas Civis do Estado de Goiás a (AGC-GO) presidida pelo GCM, Jefferson Monteiro Santana, foi pega de surpresa com o comunicado por parte da justiça de que a associação está a partir do dia 23 de janeiro inclusa no processo que a prefeitura impetrou contra o Sindicato dos Guardas Civis Municipais do Estado de Goiás (SindGuardas). Na ação, a Procuradoria Municipal pede para ser arbitrada multa diária no valor de R$ 50 mil a ser suportada pelos guardas ocupantes e pela AGC-GO. Acrescentou ainda que seja deferida o uso de força policial para o integral cumprimento da ordem de reintegração de posse do espaço público onde se encontra o acampamento dos guardas municipais em manifestação pacífica a fim de que haja negociação do Executivo municipal sobre os direitos salariais não pagos há cinco anos.

“Não é a associação que está na frente do movimento e sim os guardas civis de Aparecida. Então a juíza, não deferiu a multa e o uso da força policial, pedindo para citar o presidente que sou eu, e incluir a associação no processo. Já acionei o meu jurídico, nossos advogados já estão a campo, trabalhando na petição da procuradoria. Isso mostra mais um ato covarde e traiçoeiro da administração municipal. Tendo em vista que os acampados não são de entidades classistas, são só guardas civis. Não há barracas de entidades, o que a AGC-GO esta fazendo é está lá como guarda civil também, dando todo apoio logístico e jurídico. A juíza Vanessa  Gertrudes está de parabéns pela decisão imparcial, tanto que a Procuradoria não está vendo os caminhos e tentando usar a justiça contra as entidades classistas”, disse o Comandante Santana ao DA. (A.P.A.)

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