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Mulheres aprovadas no concurso da GCM e não nomeadas aderem ao acampamento em frente à prefeitura   

Segundo depoimentos, elas sofreram discriminação por parte de autoridades, alegammque todos os homens aprovados foram chamados e elas deixadas para traz

Ana Paula Arantes

As 17 mulheres aprovadas no concurso da Guarda Civil Municipal (GCM) de 2016, e também, aprovadas em todas etapas do Curso de Formação da Guarda (CFG) que não foram convocadas até a presente data, aderiram ao acampamento dos guardas civis em frente a Cidade Administrativa Luiz Alberto Maguito Vilela, sede da prefeitura, que está no local desde o dia 3 de janeiro. A manifestação tem atraído a atenção da sociedade que acompanha o combate da categoria pela atualização dos seus salários não pagos há 5 anos. 

Na época do concurso, em 2016, as mulheres estavam entre os 141 aprovados. Todos os homens que fizeram o curso de formação com as mulheres foram chamados, o último deles, em agosto de 2021. Organizadas na Comissão Suspiro Rosa, as mulheres vem empreendendo várias fases de luta por aceitação, uma delas consiste em obter notas classificatórias maiores que as dos homens, estes foram chamados e nomeados, e elas, deixadas para trás. Relembrando ainda, o fato do exame psicotécnico, no qual elas tiveram que entrar na justiça para provar sua capacidade. A comissão também tenta a conquista para que as 10 vagas ociosas existentes sejam transformadas em assexuadas e preenchidas pela proposta do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O tempo hábil para o chamamento expira em setembro de 2022, isso se a pandemia fosse finalizada em dezembro de 2021. 

Só promessa 

Odinalva Paula Viana Borges, 38 anos, uma das aprovadas, e membro da Comissão Suspiro Rosa, disse ao Diário de Aparecida, em entrevistas anteriores, que em 2016, tempo final da última gestão de Maguito Vilela, durante Curso de Formação da Guarda (CFG) a turma recebeu a visita do Gustavo Mendanha que era candidato a prefeito pela primeira vez, no que prometeu que assim que fosse empossado como prefeito, iria chamar todos, devido a necessidade do município. Ademais, ainda no andamento do curso, receberam a informação do Comandante Roberto Cândido, hoje atual Secretário Municipal de Segurança, de que todos os aprovados seriam nomeados. 

“situação humilhante”

 Há a Lei Complementar 129/2017 parágrafo único Artigo 43 que diz que o quantitativo de cargos de Guarda Civil Municipal fica fixado em 513 servidores. Marta Ferreira da Silva, 45 anos, aprovada e membro da Comissão do Suspiro Rosa, o parágrafo não especifica gênero, apesar das mulheres ouvirem de autoridades que não existem vagas femininas, por isso a comissão está atuando para transformar essas vagas em assexuadas. 

“Depois das renúncias, ainda temos que lidar com essa situação humilhante, discriminatória e preconceituosa. Não estamos pedindo nenhum favor, é direito nosso, pois estamos aptas, e incluídas na Lei Orçamentária Anual (LOA) desde 2016, então não há porque o prefeito falar que não pode ter gastos. E existe sim um certo preconceito na atual situação, pois chamaram todos os homens. Atualmente existem vacâncias, a nossa luta consiste em que essas vagas sejam assexuadas”, disse Marta Ferreira.

Foto: Divulgação

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