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Pesquisa revela que gestores são os menos afetados pela Síndrome de Burnout

Já se passava mais de um ano de home office quando a pesquisa “Estresse e Síndrome de Burnout nas empresas” decidiu investigar a relação de trabalho e saúde mental dos brasileiros. O estudo contou com a colaboração de mais de 1.500 pessoas de todo Brasil e reuniu dados alarmantes sobre o bem-estar de colaboradores e gestores.

 

61% dos entrevistados, por exemplo, afirmaram que se sentem esgotados física e mentalmente no fim do expediente e 29 a 55% têm estresse alto e moderado, respectivamente. Esses são sintomas típicos da Síndrome de Burnout, que em 1° de janeiro deste ano foi caracterizada como uma doença crônica e ligada ao trabalho, de acordo com a delimitação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

No entanto, mesmo antes do trabalho remoto acontecer, cerca de 30% dos brasileiros se afastaram das atividades por decorrência de transtornos mentais ligados à exaustão, de acordo com dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANMT).

 

Com a mudança que afeta a 11ª Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11), a síndrome passará a ter o código QD85 – até 2021, era o Z73. Na prática, essa alteração permite que o trabalhador com síndrome de burnout tenha direito a licença médica remunerada por um período de até 15 dias de afastamento.

 

Em caso de afastamento superior a 15 dias, o benefício será pago pelo INSS, que prevê a estabilidade provisória, ou seja, após a alta pelo INSS o colaborador não poderá ser dispensado sem justa causa no período de 12 meses após o fim do auxílio-doença.

 

Quando voltamos aos dados da pesquisa sobre burnout, observamos que é justamente a massa de trabalhadores em nível médio e inferior que se sentem esgotados e sobrecarregados no trabalho, conforme observado pelo estudo:

 

45% dos colaboradores afirmaram estarem sofrendo por sobrecarga de trabalho, 37% dos gestores estão com a mesma reclamação;
Menos de 60% dos colaboradores ouvidos têm visto propósito no trabalho, já para os gestores 80% está motivado;
39% dos colaboradores acreditam que podem progredir na carreira, enquanto 51% dos gestores têm essa percepção sobre seu futuro.

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