Brasil

Família de Moïse desiste de assumir quiosques na praia da Barra da Tijuca (RJ) por medo

Prefeitura do Rio de Janeiro ofereceu a concessão de outro quiosque para que a família do congolês administre

A família de Moïse Kabagambe desistiu de assumir a administração de dois quiosques na praia da Barra, no Rio de Janeiro, com medo de represálias. O jovem foi morto após ser espancado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, ao cobrar uma dívida atrasada em um quiosque onde trabalhava. A informação foi confirmada pelo procurador da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego, que está auxiliando a família de Moïse, refugiada do Congo.

 

A concessão dos quiosques foi formalizada na última segunda-feira (7/2), em um evento com o prefeito Eduardo Paes. Os locais seriam transformados para virarem um memorial dedicado a Moïse, transmitindo a cultura africana.

 

Entretanto, a família do refugiado ainda está amedrontada com o ocorrido e decidiu desistir da concessão. Segundo o procurador da OAB, um policial militar, que administra um dos quiosques concedidos, avisou à família que não deixaria o local.

 

A família acreditava que ia entrar no quiosque de forma pacífica. Ainda no meio de tudo o que aconteceu, não dá para eles entrarem no meio de um conflito que não é o deles”, declarou Rodrigo Mondego.

 

Estamos à disposição para ajudar no que for preciso e encontrar uma solução melhor”, afirmou o secretário de Fazenda e Planejamento do Rio, Pedro Paulo Carvalho, que afirmou que não há impedimentos para que a família assuma o outro quiosque concedido.

Isabelle Saleme/CNN

 

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