Política

União Brasil e MDB vão buscar hegemonia nas urnas em Goiás

Governador Ronaldo Caiado e o ex-deputado federal Daniel Vilela apostam na viabilidade da federação para alavancar seus partidos nas eleições

Da Redação

Ronaldo Caiado (União Brasil) e o ex-deputado federal Daniel Vilela (MDB), pré-candidatos a governador e vice-governador, respectivamente, apostam na viabilidade da federação entre seus partidos e demonstram otimismo quanto às eleições de 2 de outubro em Goiás.

Segundo vice-presidente nacional do União Brasil, Caiado tem dito a aliados que a aliança com os emedebistas é bem vista pelos outros dirigentes do partido e que tudo caminha para se confirmar a federação.

O governador tem conversado com o presidente nacional Luciano Bivar e com o secretário-geral ACM Neto. Daniel também manifesta o mesmo ponto de vista, já que tem recebido “sinais positivos” do presidente nacional do MDB Baleia Rossi.

A federação entre União Brasil e MDB, segundo Daniel, vai contribuir para a formação de “fortes chapas” aos cargos proporcionais – deputado federal e estadual. Diferentemente do caso do PSDB, são menores e mais pontuais as resistências regionais com a agremiação que surge a partir da fusão do DEM com o PSL.

Quando questionados sobre os impactos no estado, governistas projetam a eleição de metade das 17 vagas destinadas à bancada goiana na Câmara dos Deputados e de um terço das 41 cadeiras da Assembleia Legislativa.

Se a federação com o União Brasil vingar, o MDB goiano vai inverter a estratégia de formar chapa de deputado estadual exclusivamente com políticos sem mandato e apostar em candidatos à reeleição. É esse o perfil da chapa do partido de Caiado.

Recém-criado após autorização do TSE, o União Brasil está próximo de oficializar uma federação com o MDB. A informação foi dada pelo deputado federal Luciano Bivar, (PE), presidente do novo partido, em entrevista à CNN Brasil.

O União Brasil é resultado da fusão entre o PSL e o DEM. A nova legenda é a maior do Congresso Nacional, com 81 deputados e sete senadores. A sigla também possui três governadores (Goiás, Mato Grosso e Rondônia).

Apesar da robustez da nova agremiação, Bivar afirmou que o União Brasil está com tratativas “bem avançadas” para fechar a federação com o MDB. Pelas novas leis eleitorais, aprovadas no fim do ano passado, os partidos que fizerem a federação irão atuar como se fossem uma só legenda por pelo menos quatro anos.

“Já está bem avançado com o MDB. O MDB está consultando suas bases, assim como o União Brasil também está consultando suas bases. Não chegou nesse estágio ainda em outros partidos. Mas o MDB e o União, por si só, já dará uma grande força, e a gente pode ter uma representatividade extremamente significativa no novo Congresso Nacional que se fará em 2023”, afirmou Bivar.

O dirigente afirmou, porém, que a decisão final sobre a oficialização ou não da federação com o MDB levará em conta os panoramas regionais de cada partido.

“Com o Baleia [Rossi, presidente do MDB] já ficou bem definido. Todos nós concordamos em fazer essa federação. Agora é preciso sabermos em cada região, em cada estado, se há uma confluência e se não há grandes defecções. Se não houver grandes defecções, a federação será feita”, acrescentou.

Bivar disse ainda que, se, por algum motivo, as legendas optarem por seguir sem a federação, ambas manterão uma proximidade. “Se não tiver, estaremos juntos nessa comunhão de ideias para a gente criar uma nova opção de terceira via, que é o que todos querem nesse país.”

O presidente do União Brasil declarou ainda que também teve reunião com o presidente do PSDB, Bruno Araújo, para tratar sobre o mesmo assunto. Os tucanos também negociam uma federação com o MDB.

Com a federação União Brasil e MDB Luciano Bivar esfriou as conversas com o ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro e tende a respaldar a candidatura da senadora Simone Tebet na disputa pela presidência da República.

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