Em um cenário poucas vezes visto antes na história política de Goiás, a oposição vive um momento de fragilidade extrema quanto às suas possibilidades em uma eleição decisiva como a que vem aí para o governo do Estado.
Com a divulgação da 1ª pesquisa do instituto Serpes, que tradicionalmente baliza a disputa pelo Palácio das Esmeraldas, as expectativas sobre o favoritismo do governador Ronaldo Caiado acabaram se confirmando, digamos assim, cientificamente.
O levantamento dissipou ilusões: o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, que apregoava dispor de pesquisas internas em que aparecia muito bem, mostrou-se em um tímido 3º lugar, com 13,1% das intenções de votos. À sua frente, em 2º lugar, o ex- governador Marconi Perillo com 14,1%. Muito adiante dos dois, em 1º lugar, despontou Caiado com confortáveis 37,1% das intenções de voto. Lá atrás, em 4º e 5º lugares, vieram o deputado federal Vitor Hugo com 2,4% e o ex-reitor da PUC Wolmir Amado, este pelo PT, com apenas 0,4%.
Na conversação para votos válidos, os índices apurados pelo Serpes evidenciaram uma verdade dolorida para a oposição: a exemplo de 2018, Caiado venceria o pleito no 1º turno, já que tem mais votos que a soma de todos os seus adversários. E mais: mantendo intacta o espetacular número de 1,77 milhões de sufrágios que obteve na eleição passada, uma façanha e tanto.
Dividida em quatro candidatos, portanto – Marconi, Mendanha, Vitor Hugo e Wolmir –, a oposição não consegue aglutinar forças para enfrentar a reeleição do governador. E seus quatro nomes restantes (Jânio Darrot, ex-prefeito de Trindade, apareceu na pesquisa com ínfimos 1,4%, mas já havia anunciado sua desistência) revelam, cada, conviver com problemas que inviabilizam um crescimento capaz de ameaçar de fato a posição hegemônica de Caiado.
