Sem asfalto, moradores relatam prejuízos causados por lama e poeira no Setor Rosa dos Ventos, em Aparecida
Bairro é um dos exemplos de Aparecida de Goiânia onde a população vive em condições precárias
Eduardo Marques
Com média de 6 mil habitantes, o Setor Rosa dos Ventos, localizado a cerca de 4 km do Centro de Aparecida de Goiânia, é um dos exemplos de centenas de bairros do município onde a população vive em condições precárias. Os moradores estão reclamando de problemas causados pela falta de asfalto.
Sem avanço, a comunidade local afirma que os motoristas de aplicativo evitam adentrar o bairro, principalmente, à noite. Alguns buracos no meio das ruas chegam a quase dois metros de profundidade. E para piorar, os habitantes da Avenida Luiz Carlos Pimenta Neto, no Rosa dos Ventos II, sofrem com uma poça d’água pluvial que forma na via sem pavimentação asfáltica, além do lamaçal. Eles cobram uma solução por parte da prefeitura.
Por causa da situação, a água invade os imóveis. Ao Diário de Aparecida, a moradora Vanessa Bom, de 25 anos, critica a omissão da prefeitura para resolver o problema da avenida. “A gente não consegue passar por aqui. Nem de carro e nem de moto. E se tentar atravessar, fica atolado na lama. É uma situação muito ruim, porque estamos enfrentando há muito tempo. Já acionamos a prefeitura, já cobramos um posicionamento da Secretaria de Infraestrutura e até hoje nada. A água que forma na avenida entra nas casas dos moradores. Eu já presenciei uma criança indo para a escola e tendo que entrar quase dentro dessa poça para conseguir chegar até a casa dela. Acho isso um absurdo”, indignou.
Uma vez que o asfalto ainda não chegou na via, eles cobram da administração pública, de imediato, a canalização da água. “Eles não tomaram uma providência até hoje. Isso é uma questão de canalização da água. O líquido empoça e causa vários transtornos para nós. Por exemplo, a dengue. A água fica empoçada mais de 15 dias e ela não escoa e fica parada. Estamos enfrentando uma situação de pandemia e não vamos nos calar diante desse problema. Eu convido o pessoal da Secretaria de Infraestrutura para conhecer a situação e resolver isso aqui. Está uma vergonha o que estamos sofrendo”, criticou.
Em virtude do abandono da gestão do prefeito Gustavo Mendanha com o Rosa dos Ventos II, a população se sente revoltada. “O nosso sentimento é de revolta, porque nos sentimos abandonados. Estamos vendo o prefeito querendo ser candidato a governador, mas vemos uma situação vergonhosa. Como vamos votar nele se estamos vendo essa situação que se arrasta há anos? Nós pagamos nossos impostos em dia“, pontuou.
Na época da estiagem, a população do setor sofre com a poeira. “Quando não é época da chuva, é seca e pó que invade tudo aqui. Então, na época da poeira é terrível. Quando passa carro nessa via a poeira vem tudo para minha casa. Tudo fica impregnado de poeira. Não tem uma coisa que não fica. Na época da poeira vem a patrola para arrumar a rua e fica aquele pó solto. Aquele pó que afunda o pé e fica igual ‘pé de Toddy’”, reclamou.
Vanessa Bom complementa as dificuldades que as pessoas sofrem devido à falta de asfalto no setor. “Principalmente quando passa a patrola e fica aquela poeira solta você não pode deixar a roupa no varal. Tipo assim, lava a roupa e o prazo de secar você já tem que tirar. Às vezes esse tempinho só de secar a roupa já está toda empoeirada. Não para nada limpo. Nesse caso a solução mesmo é o asfalto. Da minha casa, até o ponto de ônibus é quase 1 km. É afastado. E imagine quem acorda de madrugada para pegar o primeiro ônibus das cinco horas. Tem que subir isso tudo no escuro, na poeira, na lama para poder pegar o ônibus lá em cima”, relatou ao DA.
Prefeitura em silêncio
O DA entrou em contato, por e-mail, com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Prefeitura de Aparecida para apresentar aos leitores a previsão de início da pavimentação asfáltica no setor, bem como uma solução imediata na questão do empoçamento de água pluvial na Avenida Luiz Carlos Pimenta Neto, porém, até o fechamento desta edição, a pasta não havia respondido aos questionamentos da reportagem. Em consonância com a ética e as leis vigentes neste País, o jornal esclarece que o espaço segue aberto para novas manifestações.