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Como a invasão Russa a Ucrânia pode impactar a economia e os investimentos no Brasil

"Apesar de não estarmos envolvidos diretamente na guerra, nossa economia depende em muito de países como a Rússia, principalmente no agronegócio", comenta o especialista em marketing e análise política, Janiel Kempers

A invasão do território ucraniano pelo exército russo já teve um impacto econômico: os preços do dólar, do ouro e do petróleo dispararam. Economistas se preocupam com as consequências negativas para o Brasil, mas também apontam pontos positivos para o país, mas a guerra é sempre imperdoável.

 

Entre os efeitos na economia brasileira, especialistas temem que o aumento dos preços internacionais do petróleo e dos alimentos, a queda do investimento no Brasil e a redução da atividade econômica na Europa levem a uma inflação mais alta, o que pode afetar as exportações de produtos brasileiros. Aspectos positivos para a economia nacional incluem a valorização das commodities brasileiras e a eventual desvalorização do dólar.

 

A principal preocupação do mercado é a alta do preço do petróleo acima de US$ 105 o barril, o que aumentará ainda mais os preços dos combustíveis e o impacto na inflação no Brasil. O combustível, que aumentou 40% em 2021, é um dos maiores vilões da inflação, junto com os alimentos.

 

“Hoje o Brasil, apesar de produzir petróleo bruto suficiente, não tem condições de refinar, o que nos obriga a comprar petróleo refinado. Com a instabilidade econômica por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia os preços do petróleo tendem a subir, aumentando consequentemente o preço do combustível no Brasil”, pontua Janiel Kempers.

 

Investimentos

Os mercados financeiros viram declínios acentuados nas ações globais, títulos do Tesouro dos EUA e criptomoedas, especialmente Bitcoin e Ethereum. A incerteza sobre a duração do conflito na Ucrânia pode levar à fuga de capital de risco.

 

“As taxas de juros acima dos EUA trouxeram muitos fluxos de câmbio, o que deve continuar acontecendo apesar das pessoas serem avessas ao risco. Se for um conflito rápido, o dólar deve continuar acontecendo”, disse Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos.

 

Getty Images/iStockphoto

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