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Pela primeira vez no Brasil, criptomoedas serão aceitas para compra imobiliária em

Em Valparaíso de Goiás, empreendedores do bairro planejado disponibilizarão uma empresa que realiza a conversão de criptomoedas para o Real. Iniciativa é inédita no País

Divulgação

As criptomoedas, como são conhecidas as moedas digitais, ganharam popularidade no mundo das finanças. A primeira e mais conhecida é a Bitcoin (BTC), criada em 2008 e foi a única criptomoeda por dois anos. Até julho do ano passado, segundo publicou o portal Você S.A, elas chegaram a 5.536, um número 30 vezes maior que o de moedas de verdade, emitidas por governos.

A segurança da moeda, garantida pela tecnologia blockchain, sua independência em relação às regras dos sistemas bancários e sua valorização tem atraído investidores. A BTC, por exemplo, que sozinha detém quase 50% do mercado das criptomoedas, teve sua primeira comercialização em 5 de outubro de 2009. Na época, o preço de 1 BTC era de apenas 0,00076392 dólar, bem menos que 1 centavo. Doze anos depois, a Bitcoin valorizou mais de 65 mil vezes, entre altas e baixas, segundo o Livecoins, portal especializado na moeda. Em março, sua cotação chegou a R$ 209 mil.

No Brasil, o volume negociado de BTC segundo a Receita Federal cresceu 73,3%, em 2021, passando de R$ 37,1 bilhões em 2020, para R$ 64,3 bilhões no ano passado. O impulso foi gerado pela adesão de empresas. De acordo com a Receita, 459 mil companhias declararam movimentações em BTC no ano passado, contra menos de 205 mil ao fim de 2020. Já o número de investidores individuais cresceu de 4.647 para 6.775 no mesmo período, aumento de 45%.

De olho nessa nova reserva de valores em ascensão, as empresas estão buscando alternativas para abocanhar uma fatia para seus negócios. É o que está fazendo, de forma inédita, a desenvolvedora Plano Urbano, que lança no sábado, 2 de abril, um bairro planejado, cujos lotes poderão ser adquiridos por meio de criptomoedas. A intermediação será feita pela Terra Token, primeira startup do Centro-Oeste com o propósito de realizar a transformação digital do setor imobiliário. A empresa é especialista em fazer estruturação de tecnologia para realização de transações em criptomoedas e tokenização de ativos imobiliários.

O especialista em desenvolvimento e inovação imobiliária, Cleberson Marques, um dos fundadores da Terra Token, diz que o projeto de Valparaíso de Goiás é o primeiro do País a aceitar essa modalidade de pagamento no País. A startup goiana ficará responsável em fazer a operação de conversão das criptomoedas em reais. “Essa é uma tendência sem volta das operações financeiras mundiais, que ganharam inclusive impulso com a guerra e as restrições financeiras no leste europeu. O próprio Brasil já estuda a implantação do Real Digital”, diz Cleberson Marques.

Atualmente, as moedas digitais são criadas pela interface blockchain, que garante as informações, transações e dados estejam protegidos de fraudes. Para o diretor comercial da Plano Urbano, Emerson Vieira, objetivo de facilitar o pagamento dos lotes por meio da conversão das criptomoedas visa conquistar um novo mercado. “Acreditamos que daremos a nossa contribuição para criar uma cultura que, muito brevemente, se tornará uma prática usual do mercado”, diz.

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