Política

Com estilo próprio e diferenciado, Caiado montou bases sólidas para a sua reeleição

Na articulação da sustentação política para a sua reeleição, governador Ronaldo Caiado acumulou vitórias e consolidou a condição de favorito

Divino Olávio – Blog Notícia Pura

 

Diga-se qualquer coisa sobre o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), menos que ele não faz política, como afirmavam alguns até um mês atrás. Faz, do seu jeito, mas faz. Ao seu estilo, e estilo é pessoal, cada um tem o seu. O estilo Caiado de fazer política é um pouco diferente de outros com os quais os goianos estavam acostumados. É mais comedido, mais discreto e menos ruidoso nas declarações, por exemplo. Principalmente durante o andamento das articulações.

Caiado, às vezes, passa a impressão de ser um pouco tímido. Ele abraça menos, não é de distribuir tapinhas nas costas. Fala somente o essencial nas abordagens de assuntos conclusos e não manda claques para aplaudi-lo de forma diferenciada nos eventos em que comparece. Costuma chegar em velórios acompanhado apenas do motorista. Nesse item então… como ele é diferente.

Ao contrário de muitos políticos que gostam de publicar notinhas sem muita relevância nos jornais. Caiado não é adepto desta prática, a não ser quando a informação é realmente de interesse público. Jornalistas da área política sabem que é assim: Caiado não faz política mandando recados pelos jornais. Raramente faz declaração sobre o andamento de acordos políticos antes que todas as tratativas tenham sido concluídas, o que não significa receio de insucesso, mas excesso de cautela…

O governador obteve vitórias políticas importantes em seus 3 anos e 3 meses de mandato. Exemplos: a articulação desenvolvida junto ao MDB com o ex-governador Iris Rezende, que resultou na aliança histórica sua com este partido em Goiás, com o presidente estadual da sigla, Daniel Vilela, como vice na sua chapa. Ou a aliança com outras legendas em torno da sua candidatura a reeleição: todas as evidências indicam que deverão sobrar poucos partidos fora dessa composição.

Até agora só não estão com Caiado os partidos de esquerda, o Patriota e os nanicos PSC, DC e PMN, que não têm direito a fundo partidário e nem a tempo de TV para propaganda eleitoral, além do PL. A aliança que está se formando em torno da reeleição do governador Ronaldo Caiado é a maior já construída em Goiás, nos últimos 60 anos. Não é provável que o pré-candidato Gustavo Mendanha também venha a apoiar a candidatura, como chegou a ser especulado numa prestigiada coluna política.

Na hipótese de não conseguir vitaminar sua candidatura com o apoio de outros partidos, no transcorrer dos próximos quatro meses, Mendanha pode ser levado a escolher a disputa por uma cadeira na Câmara Federal ou Assembleia Legislativa. Sim, por que não? Se o político estiver realmente determinado a azucrinar a paciência do governador Ronaldo Caiado pelos próximos quatro anos, Mendanha talvez conclua que o melhor lugar para atingir esse objetivo seria a tribuna da Alego.

Claro que essa mudança de rota viria com o aparecidense não conseguindo encorpar a sua candidatura, ao ponto de torná-la competitiva, até a época das convenções – entre 20 de julho e 5 de agosto. Mas, naturalmente que, com alguma habilidade política, Mendanha deve acreditar que as coisas vão mudar, para melhor, na sua candidatura. Ele deve ter estratégias bem guardadas em algum baú que os goianos ainda não conhecem, para ser colocadas em prática qualquer dia desses.

 

 

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