Em Goiás, coligação liderada pelo União Brasil será beneficiada pelas candidaturas isoladas ao Senado
A possível permissão do Tribunal Superior Eleitoral para candidaturas isoladas ao Senado, já para as eleições deste ano, tende a beneficiar as coligações de maiores demandas. Em Goiás, a do governador Ronaldo Caiado leva vantagem, porque além de já ser a que já reúne o maior número de partidos – 10 até agora – ainda tem possibilidade de atrair mais 2 grandes legendas: o Republicanos e o PP, cujos presidentes estaduais, deputado federal João Campos e o ex-ministro das Cidades, Alexandre Baldy, são pré-candidatos à vaga de senador.
Caso venha a autorização para a inscrição de candidaturas isoladas, haverá maior facilidade para a composição com todos os partidos para o governo e múltiplas candidaturas isoladas para o Senado, porém aliadas. Com isso, Republicanos e PP poderão estar ao lado de Caiado para governador, na hipótese de o escolhido oficialmente para a chapa não ser de nenhum desses dois partidos. Ou não haver nenhum escolhido. O relatório técnico do TSE na resposta à consulta feita pelo deputado Waldir Soares (União Brasil) confirma a permissão para que os partidos possam lançar candidaturas isoladas a senador.
O parecer já foi encaminhado ao relator da matéria, ministro Edson Fachin, e ainda precisa ser apreciado pelo plenário da Corte. Sendo aprovadas pelo TSE, as candidaturas isoladas para senador, às coligações menos demandadas poderão ver frustradas suas expectativas de obter o apoio de partidos grandes, em Goiás. Com essa modalidade de candidatura em fase de exame pelo TSE, acaba a dificuldade de efetivação das coligações maiores de outros partidos, pela limitação do número de vagas de candidatos ao Senado.
Isso vai também desencorajar candidaturas de nomes já conhecidos para o cargo, a exemplo de uma eventual do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que apareceu em melhor posição na pesquisa Serpes/Acieg, divulgada há um mês. Com a permissão de maior número de candidatos ao cargo, disputado na coligação do governador Ronaldo Caiado, a tendência é que haja fragmentação dos votos, tornando mais incerto ainda o resultado da candidatura do tucano ao Senado, se essa vier a ser a sua opção.
No entanto, ainda é cedo para prever se o plenário do TSE confirmará ou não o relatório técnico da instituição que já foi encaminhado ao relator, que deverá ser avaliado em plenário em data ainda não marcada, na resposta à consulta do deputado Waldir Soares.(D.O.)
