Política

Candidato sem partido grande, Mendanha terá só 0,137 segundos no rádio e televisão

Dentre os 4 partidos nanico que apoiam o ex-prefeito de Aparecida, apenas o Patriota tem acesso à propaganda eletrônica gratuita e mesmo assim com uma fatia ínfima


Da Redação

Depois de ter sido rejeitado por todos os grandes partidos – PL, PP, Republicanos, PSD e Podemos –, o ex-prefeito de Aparecida acabou se filiando ao que sobrou: o Patriota, legenda nanica que mesmo assim se dividiu, com vários dos seus poucos quadros em Goiás preferindo apoiar o governador Ronaldo Caiado. Mendanha não escolheu o Patriota.   partido, na verdade, foi a tábua de salvação para a sua candidatura aventureira ao governo do Estado. Para piorar as coisas, ele anunciou uma coligação com DC, PTC (que passou a se chamar Agir, embora sem registrar o novo nome na Justiça Eleitoral) e PMN.

Percebeu o constrangedor detalhe, leitor? Assim como o Patriota, os três – DC, PTC e PMN – também são agremiações nanicas. A única diferença é que o Patriota, por contar com 4 deputados federais, depois do fechamento da janela partidária, tem direito a algum tempo no horário gratuito de propaganda eleitoral no rádio e televisão e a uma fatia minúscula do fundo partidário. Os outros três, não.

A Justiça Eleitoral distribui 90% do tempo de rádio e TV conforme a representação dos partidos na Câmara e Federal e 10% igualitariamente entre os candidatos. No caso de coligações, os segundos e minutos são somados conforme os 6 maiores partidos participantes (sempre em termos de representação na Câmara).

DC, PTC e PMN não contam com deputados federais e, portanto, não entram nessa conta, ou seja, a fatia do horário eleitoral no rádio e TV a que teriam direito é zero. O PMN chegou a conquistar 3 cadeiras na Câmara em 2018, mas, com a janela partidária, perdeu todos e ficou sem acesso ao horário gratuito do rádio e TV. O apoio a Mendanha, dessa forma, nada acrescenta, a não ser retórica vazia. Com o Patriota, é diferente. O partido tinha 5 deputados federais, eleitos em 2018 , incorporou o PRP, chegou a 6 deputados federais, (incluídos os 4 adicionados com a incorporação do PRP, entre eles o goiano Alcides Rodrigues), e assim no vaivém das filiações, inclusive as provocadas pela última janela partidária, chegou a terminou com uma bancada de apenas 6 parlamentares na Câmara. Mas aí veio a última janela partidária e 2 saíram, ficando a representação hoje em 4 deputados federais.

É esse número que vai valer para o cálculo do tempo no horário eleitoral no rádio e TV à disposição de Mendanha para a sua campanha eletrônica. Se ele não conseguir para a sua coligação mais partidos que tenham direito à propaganda gratuita, ele terá apenas 0,7 segundos em cada um dos blocos de 10 minutos, um na volta do dia e outro à noite, ao qual se somará o tempo garantido aos candidatos (os 10% ou 1,0 minuto que serão divididos entre todos os registrados).

Esse último item corresponderá a 0,10 segundos, se houver 6 candidatos ou 0,6 segundos se houver 9 candidatos. O cenário das eleições para governador, aponta para um mínimo de 6 candidatos, que já se apresentaram, e um máximo de 9 postulantes, caso se confirmem, por exemplo, candidaturas como a de José Eliton, pelo PSB, ou Marconi Perillo, pelo PSDB.

Se chegar até a data da eleição com os atuais partidos nanicos que o apoiam e não conseguir agregar mais nenhum (que tenha direito ao horário no rádio e TV), Mendanha terá no mínimo 0,7 segundos e no máximo 0,13 segundos em cada bloco de 10 minutos, além de uma inserção de 30 segundos durante a programação diária. Não é difícil prever que mal será suficiente para dizer o nome e o número e mesmo assim em velocidade de locutor de corrida de cavalos.

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