Aliança com o MDB foi manobra política histórica, que embasbacou os adversários
Quando escolheu o ex-deputado federal Daniel Vilela para ser o próximo candidato a vice-governador, em meados do 2º semestre de 2021, o governador Ronaldo Caiado fechou um ciclo político em Goiás: a união das oposições que enfrentaram o modelo endividador e suspeito de corrupção das gestões anteriores do PSDB
Da Redação
Representado por Daniel Vilela, o MDB é a legenda mais estável e longeva da história política do Estado. A aliança com os remanescentes do Democratas (hoje União Brasil), outra legenda resiliente em Goiás, foi, assim, natural.
Antes de chegar até Daniel, Caiado se uniu ao então prefeito Íris Rezende, político que simbolizava a experiência e conquistas do passado, formando na chapa de Iris como candidato a senador (ele venceu, Iris, não). Tratou com respeito Maguito Vilela e, por último, estreitou diálogo com Daniel, tendo em vista a confiança de que ele poderia dar continuidade ao projeto político iniciado com o DEM.
Caiado enxerga em Daniel o futuro da defesa de princípios como moralidade, compliance e responsabilidade fiscal em Goiás – necessários para o Estado não sofrer uma ruptura institucional junto aos credores, como a União, e não retroceder a uma era que foi suspeita até de aliança com o “crime organizado”.
O governador destaca a presença de Daniel Vilela na sua chapa da reeleição como candidato a vice- governador: “Maguito Vilela deixou sucessor e vai continuar na política do Estado com a dignidade que merece, com esse jovem que será meu companheiro de chapa nas eleições deste ano para prosseguir com o trabalho em favor dos goianos”.
Agora, a poucos meses da data das eleições, Daniel mostra sua personalidade: tem atuado com humildade junto aos antigos aliados do MDB que deixaram a legenda, busca ouvir o governador, conversa com prefeitos e articula o MDB regional e até nacional.
Aos amigos do MDB nacional, ele mostra que desde 2021, em Goiás, já existe este entrosamento. E com deliberação interna e consulta aos militantes e prefeitos – 27 de 28 gestores municipais seguiram com a defesa da aliança com o União Brasil, que visa reeleger Caiado.
Próximo ao presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, Daniel é considerado no núcleo emedebista um político em fase final de amadurecimento e confiável para ajudar a dirigir a legenda – ou seja, seria um “homem de partido” e não mais um dos políticos que usam legendas como trocam de camisa. Já é um nome reconhecido nacionalmente, com a terceira vice-presidência federal do MDB. Quem consulta o site do partido, vê que Daniel é o mais jovem a escala sucessória e com um currículo para subir na hierarquia.
No momento político estadual, transmitiu calma e sensatez aos círculos contrários ao seu nome, que acabaram neutralizados. Ninguém é mais capaz de contestar o acerto da sua indicação como vice de Caiado. Em suas falas, Daniel prega paz na base aliada e elogia a envergadura do governador: “O nosso objetivo principal é construir uma aliança com pessoas de bem e com bons propósitos e princípios que queiram de fato fazer uma política diferente que tenhamos todos uma serenidade para poder avançar politicamente, socialmente, administrativamente no Estado”.