Editorial Diário de Aparecida – 100 anos
No dia 11 de maio próximo Aparecida completará o seu centenário, depois de uma trajetória repleta de reviravoltas, porém sempre marcando a sua história por um contínuo avanço na sua economia e no seu desenvolvimento. De antiga “cidade dormitório”, que abrigava trabalhadores ocupados em Goiânia, o município evoluiu como gerador de empregos e renda graças à implantação dos polos industriais – onde dezenas e dezenas de fábricas e grandes empresas se instalaram para produzir mercadorias e serviços, garantindo para a sua população acesso ao mercado de trabalho sem ser obrigada a se deslocar para outras cidades, como acontecia antigamente.
Prefeitos como Ademir Menezes e Maguito Vilela priorizaram atração de investimentos, oferecendo infraestrutura, enquanto o governo de Goiás complementava essa estratégia com a disponibilização de incentivos fiscais, em especial descontos no ICMS – programa que hoje, atualizado e modernizado, foi convertido pelo governador Ronaldo Caiado no ProGoiás para seguir cumprindo o papel de fomento à industrialização do Estado.
No entanto, nos últimos anos, principalmente pelo advento da pandemia do novo coronavírus e seus efeitos desastrosos não só para Aparecida ou para Goiás, como para todo o país, houve uma evidente desaceleração econômica que se refletiu em especial na contenção dos planos de expansão dos empreendedores, muitos dos quais chegaram a cancelar seus projetos – a exemplo do Guaraná Mineiro, cuja operação viria para o município, porém desistiu diante das incertezas que acompanharam a Covid-19, resultando no cancelamento de uma mobilização de R$ 60 milhões de reais que seria aplicados na construção da nova fábrica.
O centenário de Aparecida, no entanto, coincide com a retomada que se observa hoje em todas as frentes de atividades, coordenadas em Goiás pela Secretaria Estadual da Retomada e liderada pelo governador Ronaldo Caiado, que tem se empenhado em aumentar os recursos em circulação no Estado e oferecer garantias às empresas que quiserem aqui se sediar ou expandir as suas instalações.
É da maior importância, portanto, que a prefeitura e o governo se ajustem, retomando as parcerias e o diálogo que nunca deveriam ter sido interrompido. A oportunidade está nas mãos do prefeito Vilmar Mariano e do governador Ronaldo Caiado. Lembrando, mais uma vez, a lição imortal de Maguito Vilela: “Governo não faz oposição a governo”. Chegou, assim, a hora do entendimento.