Editorial Diário de Aparecida – Insensatez
Uma claque bolsonarista montada pelo deputado federal Major Vitor Hugo, agindo com total insensatez e insanidade, foi mobilizada em Rio Verde, durante a visita do presidente Jair Bolsonaro, para apupar o governador Ronaldo Caiado. Caiado não se abalou. Político experiente, sabia que se tratava de um arranjo dos adversários.
Aproveitou o momento para fazer um discurso afirmativo sobre a atuação histórica na luta contra as esquerdas no Brasil, campo em que nem mesmo Bolsonaro pode exibir o currículo que ele, o governador, tem.
A plateia bolsonarista, se tivesse juízo, teria aplaudido Caiado até ficar com as mãos inchadas. Ele é o campeão da ideologia que eles professam, porém deputada do fascismo e da desumanidade para com o próximo que Bolsonaro representa.
O episódio só fez engrandecer a figura de um líder que tem uma vida pública de coerência e é dono de uma biografia imaculada na intransigência contra a corrupção e os malfeitos, inclusive os de natureza ética.
Cabe ao Major Vitor Hugo se desculpar ou, ao menos, se defender, já que figuras importantes como o presidente da Assembleia Lissauer Vieira, que conhece Rio Verde profundamente, o acusaram de ser o responsável pelo triste espetáculo protagonizado pelos bolsonaristas na capital brasileira do agronegócio.
Foco errado
As supostas comemorações do aniversário de 32 anos do bairro Jardim Tiradentes, com show artístico, fizeram justiça à importância do setor dentro da história de Aparecida, mas não tiveram como foco o que realmente é a necessidade maior dos seus moradores.
Reportagens seguidas do Diário de Aparecida já mostraram que buracos e crateras afetam a qualidade do asfalto do Jardim Tiradentes, socorridos com remendos e um recapeamento que não atrai confiança popular quanto a sua eficácia para o tráfego na região.
Além disso, o mato alto incomoda e afeta a segurança dos pedestres, com lotes baldios e áreas de mata com as suas bordas usadas como depósito para o lixo e material de construção descartado. Para completar, há postes – talvez dezenas – com as lâmpadas da iluminação pública queimadas e eternamente não substituídas.
Em vez de cantoria e oba-oba, talvez quem habita o Jardim Tiradentes preferisse que os problemas concretos do seu dia a dia fossem resolvidos, quanto a infraestrutura urbana que penalizada a todos, sem solução. Fica o alerta.