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Guerra civil

Sim, os leitores mais atilados já perceberam que o título do presente editorial na prática é um exagero com a pretensão de abordar a situação institucional do Brasil, hoje.

Poucas vezes antes, em sua história o país viveu momentos de instabilidade tão notáveis, com a implantação de um clima de desrespeito à Constituição e às regras mais módicas da civilidade política e social, pelos quatro cantos do território nacional.

Temos um presidente que, para resumir a sua personalidade em uma só palavra, é um provocador. E temos Poderes, como o Judiciário e o Legislativo, que não cumprem as suas funções, omitindo-se e enveredando por caminhos tortuosos, às vezes. Jair não é o único culpado. Há muito mais gente envolvida na lambança que tomou conta da nação.

A economia vai mal, depois de sofrer com dois anos de pandemia que beiraram o descontrole. Os combustíveis bateram recorde de preços, nesta semana. A inflação aproxima-se de 8% anuais, índice pesado que oprime a população com uma sacrificante alta de preços.

Até o mais certo do certo, que são as eleições, há décadas um acontecimento transformado em rotina democrática, está sob ameaça, com a campanha insana do presidente contra as urnas eletrônicas.

Para onde vamos? Há reflexos negativos em todos os setores da vida cotidiana dos brasileiros. A maioria esmagadora, felizmente, só quer trabalhar e garantir o sustento para o dia a dia. E condena o clima de esgarçamento que avança sem limites sobre o ambiente político e econômico, espalhando prejuízos a torto e a direito.

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