Ex-governador Marconi tem muitos desgastes, mas é melhor que o desconhecido aparecidense
Como junho já se anuncia e começará a reta final da pré-campanha, os tucanos podem sugerir a inversão no meio do mês: Marconi na disputa ao governo, Mendanha como senador ou deputado federal e a possibilidade de atração de um candidato externo na majoritária.
Assim, o PSDB entregaria a vaga do Senado para uma legenda descontente com o grupo de Caiado, que poderia ser ou Republicanos ou PP, que hoje segue disposta a apoiar Ronaldo Caiado.
Nesta articulação, Mendanha seria definitivamente abandonado para decidir se disputa vaga na Assembleia Legislativa, Câmara Federal, Senado ou mesmo o governo, mas sem orientação e apoio tucano.
Por isso, o grupo tucano pretende levar pesquisas sérias para Mendanha e mostrar a realidade ao aparecidense. O grupo vai explicar que não está contente com o atropelo, mas não existe tempo para brigar com evidências.
Para o grupo, ainda que Marconi tenha problemas de imagem, desgastada pelas décadas no poder e acúmulo de denúncias contra o PSDB (partido com maior número de denúncias e prisões de militantes por corrupção), o nome dele é mais “negociável” com o eleitor indeciso do que de Gustavo, ainda desconhecido.
Por vários motivos, os tucanos entendem que Mendanha não é páreo para Marconi: experiência do ex-governador, conhecimento em todas as regiões do Estado e um partido com maior capilaridade. Adoentado, Marconi avaliaria com cautela o pedido do grupo. A decisão final ficará para junho – e uma das avaliações será: em qual melhor cenário hoje ele portuária.
Para o Senado Federal, ele lideraria, mas seguido por Delegado Waldir (União Brasil) de perto. Ao governo, Marconi está praticamente em igualdade com Mendanha. Se avaliar que corre perigo na disputa ao Senado, sua candidatura ao governo deverá ser anunciada.
Esvaziado, o pré-candidato a governador de Goiás Gustavo Mendanha (Patriota) é rejeitado por uma ala do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Isso porque pesquisas apontam estagnação no projeto político dele, que entrou praticamente sozinho à espera de um milagre de marketing.
A candidatura de Mendanha foi proposta inicialmente pelo ex-governador Marconi Perillo, que sonhava com a dobradinha contra o pré-candidato à reeleição a governador Ronaldo Caiado (UB): ele ao Senado e Mendanha ao governo.
Entretanto, o avanço dos meses mostra que a candidatura do ex-prefeito de Aparecida retraiu. Na verdade, piorou: ele oscilou nas pesquisas em um ano de agitadas manifestações de pré-candidatura.
Para os tucanos, Gustavo Mendanha deveria aparecer, em maio, com pelo menos 30% de aprovação nas pesquisas, no entanto, está cerca de 24% atrás, segundo levantamentos sérios, como o último Serpes.
Com a aproximação do fim do período de pré-campanha, os tucanos podem sugerir a inversão no meio de junho: Marconi na disputa ao governo, Mendanha como senador ou deputado federal e a possibilidade de atração de um candidato externo na majoritária.
Ainda que o nome de Marconi esteja desgastado, o nome dele é mais negociável com o eleitorado indeciso do que o de Gustavo, ainda desconhecido, de acordo com grupo tucano.