Política

Alta popularidade de Caiado decorre da sua eficiência como gestor e político

Pesquisas mostram que o governador de Goiás mantém sintonia fina com o pensamento dominante da sociedade: ficha limpa é fundamental

Lucas Diener

Helton Lenine

Vários institutos — Diagnóstico, Serpes, Grupom, Fortiori, EPP — monitoram o desempenho administrativo e político dos gestores públicos em Goiás e todos eles apontam o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) com altos índices de aprovação nos 246 municípios. A última delas: o governador de Goiás tem 59,1% de aprovação, segundo pesquisa Exata Opinião Pública, realizada entre os dias 23 de abril e 1º de maio, em todos os Estados brasileiros.

A lista é liderada, respectivamente, pelos governadores do Ceará e de Alagoas. Nos números estratificados da pesquisa, o governador Ronaldo Caiado recebeu mais menções positivas entre as pessoas do sexo feminino (60%), com mais de 60 anos (62,3%), de 45 a 59 anos (60,5%) e ainda entre aqueles com ensino médio (63,1%).

Os levantamentos mostram que a gestão de Ronaldo Caiado é bem avaliada pela maioria dos eleitores — e em todas as cidades pesquisadas. Trata-se de uma avaliação acima da média — considerando que o país passa por uma grande crise econômica e uma grave crise de Saúde Pública, por causa do novo coronavírus.
Ronaldo Caiado permanece decente — o que é crucial no aumento e na sedimentação de sua
popularidade, depois de três anos e quase cinco meses de governo.

Sua decência estende-se ao governo. Na sua gestão, acusados de qualquer irregularidade têm o direito de se defender, mas têm de fazê-lo longe do governo. São afastados. A rigor, não há corrupção na sua gestão, não há problemas sistêmicos. Aqui e ali, pode haver alguma irregularidade, mas o governante é contundente na apuração dos fatos e não trabalha, em nenhuma esfera, para conter, por exemplo, o trabalho de promotores e procuradores de justiça.

O procurador-geral de Justiça de Goiás, o competente e igualmente decente Aylton Flávio Vechi, está aí para comprovar o que se está dizendo. Não há tentativas de cooptação de promotores. O governo é transparente — abre-se para a sociedade. Portanto, o poder não mudou Ronaldo Caiado, ou melhor, radicalizou sua decência — o que a sociedade percebe e aprova. As pesquisas estão mostrando aquilo que a sociedade nota e aprova. Segundo, mesmo se decente, como é, se não estivesse bem em termos administrativos, possivelmente Ronaldo Caiado não estaria bem avaliado pela sociedade e, insista- se, em todo o Estado.

Ao assumir o governo, em janeiro de 2019, Ronaldo Caiado notou, de imediato, que a situação do Estado era explosiva. Havia um vulcão adormecido, derivado de jogadas fiscais, às portas da erupção. O governador registrou o caos existente, mas não ficou chorando sobre o leite derramado. Pelo contrário, com sua equipe — da qual faz parte a notável economista Cristiane Schmidt —, decidiu, enquanto estudava a crise, ir agindo, ajustando a máquina, fazendo a lição de casa.

O governador fez um ajuste rigoroso e reduziu a renúncia fiscal. Não acabou com os incentivos fiscais; pelo contrário, fez ajustes para beneficiar não apenas empresários, mas também o governo e, daí, a sociedade. Gastos da gestão foram cortados e readaptados. O custo da máquina ficou menor, o governo não atrasou salários do funcionalismo e manteve, reordenado, o programa social. Veja-se o caso da pandemia do novo coronavírus.

Médico por formação, Ronaldo Caiado operou rapidamente na construção de uma estrutura para atender os pacientes com Covid-19, e em todo o Estado (vale notar que Goiás é maior do que Cuba, Israel e Portugal juntos, ou seja, é um Estado gigante). Ciente de que a vida é o que importa, até por não ter estepe, no período mais agudo da pandemia, o governador incentivou o isolamento social.

Mostrou tanta coragem — por enfrentar os críticos economicistas — quanto responsabilidade social. A sociedade aprovou o que fez. Porque o governador mostrou que gosta de gente, que respeita a vida. Ficou evidente que, ao defender a vida contra o poderoso economicismo, não é populista. Faz o que é certo. Goiás é o segundo Estado do país com maior crescimento industrial no mês de agosto. O setor cresceu 2,8% na variação que compara os últimos 12 meses.

Foram avaliadas 15 unidades federativas, das quais apenas duas apresentaram resultados positivos: Goiás e Rio de Janeiro (4,1%). A média nacional foi uma retração de – 5,7% na evolução dos últimos 12 meses”. O dado mostra o sucesso das ações do governo e, claro, dos empreendedores.

Terceiro, há o político. O homem decente e o gestor competente eram esperados. Mas o poder revelou um político equilibrado, realista e agregador. Desde a posse, em janeiro de 2019, e com rara habilidade, Ronaldo Caiado amplia sua base político-eleitoral para continuar governando (a governabilidade) e, sobretudo, para a disputa de sua reeleição, em 2022.

Ele tem conquistado novos apoios, de políticos consistentes, Lissauer Vieira, do PSB, presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Roberto Naves, do Progressistas, prefeito de Anápolis; deputado federal Célio Silveira, que trocou o PSDB pelo MDB.

1º MANDATO SERÁ CONCLUÍDO COM APOIO BEM MAIOR

A tendência é que governos cheguem ao final menores, com aliados abandonando a aliança. No caso de Ronaldo Caiado, sua aliança de 2018 não sofreu fissuras. Pelo contrário, está ampliada. Com o detalhe de que sua frente encorpou, ganhando musculatura, com o apoio de novos aliados. Políticos dizem que o governador é duro no estabelecimento de compromissos. Mas, quando os assume, cumpre-os. Não fica tergiversando, enganando os interlocutores. Ronaldo Caiado conseguiu, portanto, em três anos e cinco meses de governo, se mostrar eficiente como gestor e como político — com forte conexão com a sociedade. Daí sua popularidade. Então, quer dizer que Caiado não mudou? Na verdade, mudou — para melhor, e preservando valores essenciais, como a decência pessoal. Enquanto outros gestores — como Wilson Witzel, do Rio de Janeiro (foi afastado do cargo), Hélder Barbalho, do Pará, Carlos Moisés, de Santa Catarina, também mudaram, só que para pior.

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