Política

Deputado ainda não tem perfil majoritário, mas quer usar Mendanha para compensar

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Carecendo do chamado “perfil majoritário”, ou seja, sem um nome capaz de penetrar universalmente no eleitorado, o deputado federal João Campos parece inclinado a buscar suprir essa deficiência alinhando-se como candidato ao Senado- uma eleição majoritária- na chapa do ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha.

Campos imagina que, assim, receberia a maioria dos votos de Aparecida, hoje com um potencial de votos superior a 300 mil sufrágios. Seria um desafio e tanto, pela pouca penetração que o nome dele tem no município. Em 2018, postulando uma vaga na Câmara, o parlamentar chegou a pouco mais de 9 mil votos aparecidenses, mais de três vezes menos, por exemplo, que o deputado federal Prof. Alcides (com quase 33 mil votos).

Na chapa de Mendanha, João Campos adquiriria potencial para multiplicar essa votação e ainda contar com o efeito de ressonância da campanha em Aparecida em relação ao resto do Estado. Especialistas não acreditam nessa hipótese e apontam o fraco desempenho eleitoral de Mendanha fora do seu município de origem como prova.

Há outros pontos polêmicos, que o deputado analisa com a sua expertise em matéria de eleições. Mendanha não é político de palavra, hajas vistas a sua traição ao projeto do presidente estadual do MDB Daniel Vilela – que ele chamava de “irmão” e até de “irmãozinho”. Mesmo se aceitasse Campos como candidato a senador, para ter acesso ao sonhado horário de gratuito, ele é suspeito desde já de não comprometer a sua lealdade e de se ligar a outros postulantes ao Senado, com o objetivo de ampliar as suas chances – o que poderia ocorrer, por exemplo, com o presidente estadual do PP Alexandre Baldy e com o ex-governador Marconi Perillo, este o preferido de Mendanha, caso não enfrentasse o veto do presidente estadual do Patriota Jorcelino Braga, para acompanhá-lo como candidato a senador.

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