Editorial Diário de Aparecida – Covid-19

Depois do início do ano, a pandemia do novo coronavírus arrefeceu em Goiás e praticamente no resto do mundo, levando a um relaxamento das medidas protetivas – em especial as de prevenção, como o uso de máscara e o emprego obsessivo do álcool gel.

Esse novo quadro deu no que seria de se esperar: a Covid-19 ameaça voltar, em forma de novos surtos e de variações da doença, cujos sinais mais evidentes são o aumento das internações de pacientes inclusive em UTIs qualificadas.

Municípios por esse Goiás afora estudam o retorno da obrigação de usar máscara e outras resoluções, visando prioritariamente a aumentar a margem de segurança em aglomerações naturais da sociedade – como as escolas, por exemplo.

Aparecida não participa dessa reação. Nem sequer campanhas educativas para reduzir a disseminação do mal estão sendo promovidas pela prefeitura. Mas é evidente que é preciso fazer algo, antes que seja tarde demais.

Propostas?

A menos de 5 meses para a data das eleições, começam a circular com mais intensidade as pesquisas de intenção de votos – todas, até o momento, mostrando em Goiás o predomínio absoluto da candidatura à reeleição do governador Ronaldo Caiado.

Apesar do prazo curto daqui até as urnas, a maioria dos postulantes, seja ao governo, ao Senado, à Assembleia e a Câmara, pouca importância dão para a divulgação das suas plataformas de trabalho.

Com exceção de Caiado, cujo nome resume o seu programa de governo, isto é, a continuidade da gestão bem-sucedida que vem se desenvolvendo, todos os demais ainda patinam em conversa mole e ideias genéricas, quase sempre revestidas de demagogia.

A persistir esse cenário, nada se alterará nas pesquisas, na proporção da falta de interesse do eleitorado diante de nomes que não mexem com as suas expectativas nem oferecem uma visão alternativa para o futuro de Goiás.

As eleições parecem decididas, desde já. Nem mesmo o necessário debate público de propostas, que já deveria estar fervendo, tem acontecido.

O quadro é desolador, até pela falta de experiência dos candidatos a governador e a senador, que são  foco majoritário do pleito, a maioria barrigas verdes e marinheiros de primeira viagem, sem preparo nenhum para o jogo e sem experiência ou vivência para os mandatos de alto coturno que postulam. Desse jeito, vai ficar fácil para Caiado.