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Editorial Diário de Aparecida – Caminhões

O escândalo dos caminhões de lixo comprados com verbas orçamentárias de deputados e senadores – inclusive goianos, como Vanderlan Cardoso e Magda Mofatto – deixa claro que o modelo de parlamentar federal atuando como despachante de luxo para os prefeitos está falido no Brasil.

Além da interferência administrativa indevida, no caso do senador Vanderlan Cardoso, por exemplo, participando diretamente das negociações entre fornecedores fantasmas e municípios, fica evidente que há mais de errado, como gastar recursos públicos em áreas que não são prioritárias. Alguns municípios a que foram destinados os caminhões compactadores de Vanderlan sequer produzem diariamente o volume de dejetos necessário para motivar a presença de um veículo dessa natureza.

O Congresso Nacional continua, assim, pródigo em escândalos, infelizmente, neste último, envolvendo representantes de Goiás. Vanderlan Cardoso precisa dar explicações sobre o seu envolvimento. E, se quiser salvar o seu mandato, procurar um novo caminho para realizar a sua senatória, não apenas se concentrar em benefícios miúdos para uma cidade ou outra.

Vitor Hugo

Recém-chegado ao PL, cuja presidência estadual assumiu em Goiás, o deputado federal Major Vitor Hugo pensou que poderia tudo, embalado pelo apoio declarado que tem do presidente Jair Bolsonaro.

Abriu-se a vaga de presidente da Câmara Federal e – pimba! – ele saltou na frente. Apresentou-se como candidato ao apoio da bancada do PL para ficar com o cargo, direito do partido diante das regras de proporcionalidade na Casa. Com o mesmo discurso de sempre, baseado apenas nas suas relações com Bolsonaro, que são realmente robustas, Vitor Hugo não convenceu os próprios colegas do PL. Foi derrotado na busca pela indicação para a vice-presidência, uma vez que o escolhido pelos pares foi o deputado federal Lincoln Portela, da bancada evangélica.

Em Goiás, na condição de candidato a governador, Vitor Hugo usa a mesma estratégia que o fez fracassar na Câmara, ou seja, tendo como único trunfo as suas ligações com o presidente. Assim como foi pouco lá, é pouco aqui, não revelando nada do preparo pessoal e político para o exercício de funções tão importantes. O Major precisa rever os seus conceitos.

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