Política

5 anos e 3 meses de governo sem nenhuma obra de impacto

Gustavo Mendanha começou a governar Aparecida em 1º de janeiro de 2017. Cinco anos e três meses depois, já cumprindo o seu 2º mandato, não teve uma obra de impacto para apresentar como saldo positivo da sua gestão para o município. Ele deixou o cargo de prefeito em 31 de março último.

As obras que Mendanha apresenta como vitrine da sua administração não foram feitas por ele e sim pelo seu antecessor, Maguito Vilela, um dos prefeitos mais realizadores da história de Aparecida.

 

Não foi à toa que Daniel Vilela, filho e herdeiro político de Maguito, além de candidato a vice na chapa da reeleição do governador Ronaldo Caiado, tem dito que o seu papel é mostrar para os aparecidenses que tudo o que foi feito de importante na cidade, de 15 anos para cá, não tem a participação de Mendanha.

 

“Na campanha que se aproxima, vamos mostrar que as obras impactantes para o desenvolvimento de Aparecida são de responsabilidade de Maguito e não dele, Mendanha”, disse Daniel Vilela em uma entrevista ao Diário de Aparecida. Também não foi por acaso que Gustavo Mendanha esvaziou rapidamente as conversas sobre batizar o Hospital Municipal, o HMAP, com o nome de Maguito, como homenagem póstuma depois que ele foi levado pela Covid-19.

 

Mendanha quis evitar que o HMAP ficasse identificado com o seu construtor: Maguito, com recursos federais que ele levantou graças ao seu prestígio junto ao governo federal, edificou o hospital, que entrou em funcionamento já na gestão do seu sucessor – e não ainda na sua – apenas porque os equipamentos comprados no exterior em sua maioria foram enviados de navio e demoraram a chegar.

 

Mesmo assim, o prefeito sempre deixou no ar que a obra era sua. “Gustavo aposta no HMAP e na saúde para se cacifar para 2022” foi o título de uma entrevista que ele deu ao Jornal Opção, em março do ano passado, quando dava os primeiros passos que o levariam a romper com Daniel Vilela, deixar o MDB e assumir a pré-candidatura ao governo do Estado.

 

Mas o HMAP não é obra de Mendanha. Ele prometeu nas suas duas campanhas construir um Hospital do Câncer em Aparecida, mas não moveu uma palha. Se tivesse encarado a obra, essa, sim, seria dele. Mendanha também não implantou também nenhuma das 6 avenidas que prometeu, dentro da estratégia urbana dos eixos estruturantes iniciada por Maguito.

 

Mendanha, em cinco anos de gestão, também não asfaltou inteiramente um único bairro. E ele, nas campanhas para o 1º e o 2º mandatos, se comprometeu a asfaltar todos. De novo, uma promessa não cumprida. Sim, ele inaugurou o prédio onde funciona a prefeitura, chamado pomposamente de Cidade Administrativa, em 2019, no 2º ano do seu mandato. Mas a assinatura de Maguito está na obra. Foi ele quem levantou os recursos, através de um financiamento que obteve em 2016, último ano do seu mandato, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 19,3 milhões. Maguito também deixou prontos todos os projetos e até a licitação para a execução da obra.

 

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