Um grupo de 25 clubes das Séries A e B anunciou ontem, 8, a formalização de um bloco para negociar direitos de transmissão em conjunto. Trata-se de uma resposta à Libra (acrônimo para Liga do Futebol Brasileiro), movimento que aglutinou outros 13 clubes com o objetivo de criar uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro a partir de 2025.
” Hoje não existe uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro. Por isso, fundamos este grupo, para discutir o futebol brasileiro e negociar em conjunto. Não há boa vontade do lado da Libra. Com a Lei do Mandante, ninguém é mais do quê ninguém”, disse o presidente do Atlético-GO, Adson Batista.
A decisão de formalizar este bloco ocorreu durante reunião realizada na sede da Confederação Brasileira de ( CBF ) ontem, 8, . O maior motivo de divergência entre os dois grupos é a divisão de dinheiro dos direitos de transmissão de uma eventual liga.
Compõe o novo grupo os seguintes times: América-MG, Atlético-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, Coritiba, CRB, CSA, Criciúma, Cuiabá, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Fluminense, Sampaio Corrêa, Sport, Tombense e Vila Nova.
Em linhas gerais, os clubes que formaram a Libra estabeleceram que as receitas seriam divididas no esquema 40-30-30 (40% de rateio igualitário, 30% por performance e 30% por audiência engajamento).
ENTENDA
O grupo dos 25 clubes – que está assessorado pelas empresas Live Mode e Alvarez e Marsal – prefere que a divisão seja 50-25-25. Também há discordância sobre os critérios que determinam como o dinheiro referente a audiência deve ser dividido.
“Nós queremos ser um bloco que pensa no futebol brasileiro de maneira racional, e não radical, pensando principalmente num bom produto, numa grande liga futura. Precisa ter flexibilidade de todos os lados. Se for radical, vai ficar do mesmo jeito”, completou o dirigente goiano