Cinco parlamentares municipais goianienses vão concorrer a Câmara Federal e 19 a Assembleia como aposta na ascensão da carreira política.
Helton Lenine
Com a aproximação das convenções partidárias, de 20 de julho a 5 de agosto, os partidos apressam na definição das chapas majoritária (governador e senador) e proporcionais (deputado federal e deputado estadual). Nesse contexto, 24 dos 35 vereadores de Goiânia, de diversos partidos, devem entrar na disputa às eleições deste ano. Destes, 5 concorrerão à Câmara Federal e 19 à Assembleia Legislativa.
Dos 37 partidos existentes no país, pelo menos 8 – União Brasil, Republicanos, Progressistas, PSD, Patriota, PL, PSDB e PT estimulam lançamentos de vereadores aos cargos proporcionais, não apenas em Goiânia, como, também, em Aparecida, Anápolis e outras cidades. Estarão em disputa 17 cadeiras para deputado federal e 41 para deputado estadual.
Em todas as eleições, vereadores buscam trocar mandatos, sempre com a perspectiva de ascensão na carreira política. Não há entre os vereadores goianienses nenhum postulante aos cargos majoritários – governador, vice e senador.
O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota) entra no páreo para
conquista de vaga à Câmara Federal. Ele foca o trabalho pré-eleitoral na região metropolitana da capital, em contato com lideranças comunitárias, profissionais liberais, servidores públicos, micro e pequenos empresários, movimentos de mulheres, idosos e jovens.
Aava Santiago, presidente do PSDB metropolitano, é uma das opções dos tucanos para concorrer a deputada federal. Ela é estimulada pelo ex-governador Marconi Perillo, virtual candidato a governador ou a senador. Ela cresce junto ao eleitorado feminino e também pela defesa das causas ambientais.
Bruno Diniz, do PRTB, também deve entrar na disputa por uma vaga no Congresso, Lucas Kitão, agora filiado ao PSD, é outro vereador goianiense que vai para a corrida para deputado federal. E, finalmente, Thiallu Guiotti, presidente estadual do Avante, será uma das apostas do partido para o Congresso.
CONFIRA OS NOMES PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Anderson Sales Bokão, filiado ao PRTB tentará uma
vaga na Alego
Cabo Senna, do Patriotas também se lançará
candidato a deputado estadual
Clécio Alves, filiado ao Republicanos, entrará na
disputa por uma cadeira na Alego
Gabriela Rodart, do DC, vai entrar em campanha para
deputado estadual
Geverson Abel, do Avante, deverá estar no pleito
para deputado estadual
Henrique Alves, do MDB, tem seu nome na lista de
candidatos a Alego
Juarez Lopes é um dos nomes que estará na chapa do
PDT para o Legislativo estadual
Léia Klebia, do PSC, também vai disputar uma
cadeira na Alego
Leandro Sena, filiado ao Avante, mostra disposição
em concorrer na eleição para deputado estadual
Luciula do Recanto, filiada ao PSD, fará campanha
para deputada estadual
Mauro Rubem estará na chapa montada pelo PT para
concorrer a Alego
Paulo Henrique da Farmácia, filiado ao PTC, entra na
disputa para deputado estadual
Pedro Azulão Júnior, do PSB, concorrerá a uma
cadeira na Alego
Ronilson Reis, recém-filiado ao Brasil 35, está na
lista de candidatos a deputado estadual
Sabrina Garcez, que trocou o PSD pelo Republicanos,
chegou a cogitar disputar para federal, mas recuou, e vai a
estadual
Sandes Júnior, do Progressistas, formará chapa para
deputado estadual
Santana Gomes, do PRTB, é cotado para entrar na
disputa de deputado estadual
Sargento Novandir, quadro do Avante, é mais um nome que
estará na disputa
William Veloso, do PL, estará em campanha para
deputado estadual
Com a federação do Cidadania com o PSDB, o vice-governador Lincoln Tejota desistiu do partido e se mudou para o União Brasil
Gilvane Felipe: nem o novo presidente do Cidadania em Goiás, que não se desincompatibilizou a tempo, será candidato a deputado
Saída de Lincoln Tejota desestabilizou o Cidadania, hoje sem rumo em Goiás
O sociólogo Gilvane Felipe assumiu o comando do Diretório Estadual do Cidadania, quarta-feira, 5, sem saber se irá conseguir lançar algum candidato a deputado estadual ou federal. O novo líder do partido ainda busca tomar pé, mas adianta que não tem conhecimento de nenhuma tratativa com nomes que possam se lançar.
O Cidadania e o PSDB estão em uma federação, logo as chapas para deputados, tanto estadual como federal, serão compostas por nomes das duas siglas. Mas segundo informações dos membros das siglas, não havia nenhum diálogo entre as lideranças estaduais para formatação da chapa.
A situação é tão complicada dentro do Cidadania que até mesmo Gilvane Felipe pode não ser candidato a nenhuma vaga este ano. Isso por ter ocupado cargo na assessoria do vereador por Goiânia, Marlon dos Santos e não ter se desincompatibilizado no prazo – que se findou em 2 de julho.
O Cidadania vive crise interna desde quando o vice- governador Lincoln Tejota trocou o partido pelo União Brasil para seguir no apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado. Com o Cidadania federalizado com o PSDB, não havia ambiente para Tejota.
Segundo Gilvane, que já presidiu o partido por quatro anos – quando ainda era Partido Popular Socialista (PPS) – a troca de comando ocorreu por um conjunto de fatores, sendo o principal deles motivado por articulações políticas.
“Aqui em Goiás, não tinha como ficar sob a orientação de um grupo alinhado com Caiado”, comentou Gilvane. Até então, o partido era comandado pelo vice-governador do Estado, Lincoln Tejota, agora filiado ao União Brasil”.
Gilvane Felipe explicou que as alianças políticas em Goiás devem ser buscadas em comum acordo com o PSDB, conforme orientação nacional. Além do apoio a Caiado destoar do rumo desejado pelo comando do partido, Tejota também protagonizava uma disputa interna no Cidadania com o próprio Gilvane, desde novembro de 2021. Em Congresso do diretório goiano do partido
realizado em 6 de novembro daquele ano, Gilvane pediu a palavra e criticou a atuação do comando da legenda, que agora sofreu a intervenção.
Em resolução assinada pelo presidente nacional, Roberto Freire, o Cidadania apontou que o diretório de Goiás estaria “se movimentando em sentido contrário ao posicionamento nacional da Federação PSDB Cidadania, aliando-se em seus respectivos Estados a nossos adversários no plano estadual e nacional”.
O texto também determina a dissolução do diretório estadual da Paraíba, pelo mesmo motivo político. Vice-governador Lincoln Tejota desfiliou-se do Cidadania, em março, e ingressou no União Brasil, para seguir no bloco comandado pelo governador Ronaldo Caiado. Tejota é pré-candidato à Assembleia Legislativa. Ele já exerceu mandato de deputado estadual pelo PSD